segunda-feira, 16 de junho de 2008

EFEMÉRIDEAriano Vilar Suassuna, advogado, professor, dramaturgo, romancista e poeta brasileiro, nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, no dia 16 de Junho de 1927. Autor das célebres peças “Auto da Compadecida” e “A Pedra do Reino”, é considerado um dos maiores dramaturgos brasileiros de todos os tempos.
Viveu os primeiros anos da sua vida no sertão do estado de Paraíba (Sítio Acauã) e aos três anos de idade ficou órfão do pai, que foi assassinado no Rio de Janeiro por motivos políticos. A mãe levou então toda a família para Taperoá, onde moraram até 1937. Quando ele tinha quinze anos (1942), fixaram-se definitivamente no Recife, onde completou os estudos, licenciando-se em Direito em 1950 e em Filosofia em 1964.
Em 1945 publicou o seu primeiro poema, “Noturno”, no “Jornal do Commercio do Recife”. Na Faculdade de Direito foi um dos fundadores do “Teatro do Estudante de Pernambuco”. Em 1947 escreveu a sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol, a que se seguiram muitas outras. O “Auto de João da Cruz” ganhou o Prémio Martins Pena em 1950.
Em 1951/1952 voltou a Taperoá, para se tratar de uma doença pulmonar. Ali escreveu e montou “Torturas de um coração”. Regressou depois ao Recife onde, até 1956, se dedicou à advocacia e ao teatro.
Em 1955 a peça “Auto da Compadecida” deu-lhe projecção em todo o país e veio a ser adaptada ao cinema e à televisão. No ano seguinte abandonou a advocacia, tornando-se professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco, de onde se aposentou em 1994.
Entre 1958 e 1979 dedicou-se igualmente à ficção, publicando alguns romances.
Ariano idealizou o Movimento Armorial, que tem como objectivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro e que procura orientar para esse fim todas as formas de expressão artística.
As obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano, finlandês, checo, polaco e hebraico. Pertence à Academia Brasileira de Letras desde 1990, à Academia Pernambucana de Letras desde 1993 e à de Paraíba desde 2000.
Este ano, foi escolhido pela escola de samba “Mancha Verde” para tema do seu Carnaval. Desfilou, juntamente com a sua esposa Zélia, num dos carros alegóricos.

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