EFEMÉRIDE – Frédéric Charles Antoine Dard, escritor francês de romances policiais, de terror e de espionagem, nasceu em Bourgoin-Jallieu, Isère, no dia 29 de Junho de 1921. Morreu em Bonnefontaine, na Suíça, em 6 de Junho de 2000.
Com uma produção prodigiosa, celebrizou-se como Comissário San-Antonio, de quem escreveu 200 aventuras no espaço de cinquenta anos.
Tendo por origem uma família modesta e pais muito ocupados com uma empresa familiar, foi criado pela avó, junto de quem adquiriu o gosto pela leitura. A crise financeira de 1929 apressou o declínio dos negócios dos pais. Todos os seus bens foram penhorados sob o olhar do jovem Frédéric. Tiveram de se mudar para Lyon, onde ele seguiu um Curso Comercial sem muito entusiasmo. Com dezasseis anos apenas empregou-se como publicitário, passando depois ao jornalismo, actividade que lhe despertava interesse desde há muito tempo, e mais tarde à Literatura. Em breve publicaria o seu primeiro romance, escrevendo também algumas novelas.
Casou-se e teve dois filhos. Para ganhar a vida, escrevia livros para crianças e romances populares. Começou a tornar-se notado e a ser influenciado pelos “romances negros” norte-americanos. Conheceu entretanto George Simenon que lhe escreve o prefácio para o livro “Au massacre mondain”. Passou a escrever sob diversos pseudónimos e a conhecer o sucesso. Adaptou ao teatro um romance de Simenon e, em 1949, publicou a primeira aventura de San-Antonio. Algumas incursões ainda no Teatro, continuando simultaneamente a escrever livros que foram grandes êxitos. Adaptou alguns romances ao cinema e começou a viver desafogadamente e a ter problemas com o fisco francês.
A vida com a esposa não corria bem e, um mês antes de se divorciarem, Frédéric Darc tentou enforcar-se. Casou-se novamente, em 1968, com a filha do seu editor e foi viver para a Suíça. Deste segundo casamento teve outra filha e adoptou um jovem tunisino.
Em 1975 fez publicar um livro (Je le jure) com várias entrevistas, onde evoca a sua infância, os seus começos, a sua família e as suas ideias, quase uma autobiografia. Ao todo escreveu 288 romances, vinte peças de teatro e 15 adaptações cinematográficas. Ganhou, em 1957, o Grande Prémio da Literatura Policial.
Depois da sua morte, em 2000, Patrice, um dos seus filhos, tem escrito livros com os mesmos personagens utilizados pelo pai.
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