EFEMÉRIDE – Mihai Eminescu, o maior e o mais conhecido poeta romeno, morreu em Bucareste no dia 15 de Junho de 1889. Nascera em Botoşani, na região moldava, em 15 de Janeiro de 1850. É considerado “o poeta nacional” da Roménia, da Moldávia e dos romenos que vivem na Ucrânia.
Estudou na escola de Cernăuţi, de onde fugiu várias vezes para acompanhar grupos de artistas ambulantes. Numa dessas fugas foi até à Transilvânia. Já não voltou à escola e passou a levar uma vida de boémio em Giurgiu e Bucareste. O seu pai viria a encontrá-lo em 1869 e mandou-o para Viena. Nesta cidade, Eminescu estudou filosofia e filologia sem, no entanto, obter qualquer diploma.
Escrevia muito e, graças a um amigo, publicou os seus primeiros poemas na revista “Junimea”, pertencente a um grupo literário com o mesmo nome. Foi também actor, jornalista, inspector escolar e bibliotecário.
Em 1872 partiu para Berlim, onde não obteve, no entanto, o almejado diploma de doutor em filosofia.
Em 1874 empregou-se num modesto escritório. Mais tarde, em 1877, entrou para o jornal conservador “Timpul” (“O Tempo”), onde conseguiu exprimir as suas ideias e desenvolver o seu espírito polemista.
Sofreu de perturbações mentais em 1883, mas melhorou depois de ter sido hospitalizado em Viena. Voltou então para a sua pátria, onde sofreu novamente de períodos de demência, causados pela sífilis que o afligiria desde os vinte anos. A partir de 1886 começou a ser injectado com mercúrio, tratamento habitual na época para o tratamento daquela doença. Acabou os seus dias, assassinado por um companheiro do hospício onde estava então internado.
A sua obra ainda não foi totalmente publicada, mas grande parte foi já traduzida para mais de sessenta idiomas.
Eminescu exerceu influência decisiva sobre a divulgação de outros poetas romenos. As suas poesias caracterizam-se quase sempre por um profundo pessimismo. Nicolae Iorga, historiador romeno, considera-o como o “pai” da língua romena moderna. Eminescu tornou-se num ícone, havendo estátuas suas por todo o país. A sua figura foi igualmente impressa em notas de banco e muitas escolas e instituições têm o seu nome. Os seus melhores poemas são estudados nas escolas romenas e todos os anos são publicadas reedições das suas obras.
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