EFEMÉRIDE – George Orson Welles, cineasta norte-americano, realizador, cenarista, produtor e também actor, faleceu em Hollywood no dia 10 de Outubro de 1985. Nascera em Kenosha, no Wisconsin, em 6 de Maio de 1915.
Criança precoce, aos dois anos já sabia ler, aprendeu a tocar piano aos três e realizou a primeira adaptação de Shakespeare aos sete. Aos onze anos redigiu uma análise da obra de Nietzsche.
Órfão de pai aos quinze anos e de mãe aos nove, ficou a cargo de um amigo dos pais que se ocupou da sua educação. Ganhou um prémio com a adaptação teatral de “Júlio César” de Shakespeare. Foi para a Irlanda em 1931 para estudar pintura, primeira arte em que se envolveu seriamente. Adolescente, não via porém interesse nos estudos e resolveu representar e trabalhar.
Em Dublin apresentou-se como vedeta do teatro de Nova Iorque. Mais tarde, em Sevilha, fez-se passar por autor de romances policiais, ganhando dinheiro com algumas coisas que escreveu. Orson Welles representava, mesmo na vida real.
Voltou aos Estados Unidos em 1933. Apenas com dezoito anos, tinha já uma sólida cultura literária e teatral. Demonstrava igualmente aptidões para prestidigitador. Conseguiu pequenos papéis no teatro e começou a ser conhecido na Broadway.
Criou a sua própria companhia e foi trabalhar também para a CBS, na adaptação radiofónica de obras literárias. Em 1938, produziu uma transmissão radiofónica intitulada “A Guerra dos Mundos”, baseada no livro com o mesmo nome, que ficou famosa mundialmente por provocar o pânico nos ouvintes, que imaginavam estar a enfrentar uma invasão de extraterrestres. Chegou a haver o caos em Nova Iorque com fugas desordenadas de muitos habitantes. O exército foi mobilizado tal o realismo do programa. O sucesso da transmissão foi tão grande que, nos dias seguintes, todos queriam saber quem era o responsável pelo programa. A fama começava para ele.
A sua estreia no cinema, em filmes de longa-metragem, ocorreu em 1941 com Citizen Kane ("O Mundo a seus Pés"), considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos. Teve nove nomeações para o Oscar, mas venceu apenas como “O Melhor Guião Original”. Neste filme, Welles foi director, co-guionista, produtor e actor, o que é surpreendente pois, no cinema, a acumulação de funções acaba quase sempre por influenciar negativamente o produto final. Neste caso surgiu uma obra completamente à frente do seu tempo.
Em 1962 realizou "The Trial", filme baseado na obra "O Processo" de Franz Kafka, que Orson Welles considerava uma das suas melhores películas.
Apesar de só ter realizado quinze filmes, ele influenciou diferentes realizadores, em particular Stanley Kubrick.
Paradoxalmente, encontrou sérias dificuldades para continuar a sua carreira como realizador, passando décadas a aceitar papéis de actor, mas chamando sempre a atenção pela qualidade da sua presença e pela sua voz notável e inconfundível. A morte levou-o aos setenta anos, vítima de ataque cardíaco.
Criança precoce, aos dois anos já sabia ler, aprendeu a tocar piano aos três e realizou a primeira adaptação de Shakespeare aos sete. Aos onze anos redigiu uma análise da obra de Nietzsche.
Órfão de pai aos quinze anos e de mãe aos nove, ficou a cargo de um amigo dos pais que se ocupou da sua educação. Ganhou um prémio com a adaptação teatral de “Júlio César” de Shakespeare. Foi para a Irlanda em 1931 para estudar pintura, primeira arte em que se envolveu seriamente. Adolescente, não via porém interesse nos estudos e resolveu representar e trabalhar.
Em Dublin apresentou-se como vedeta do teatro de Nova Iorque. Mais tarde, em Sevilha, fez-se passar por autor de romances policiais, ganhando dinheiro com algumas coisas que escreveu. Orson Welles representava, mesmo na vida real.
Voltou aos Estados Unidos em 1933. Apenas com dezoito anos, tinha já uma sólida cultura literária e teatral. Demonstrava igualmente aptidões para prestidigitador. Conseguiu pequenos papéis no teatro e começou a ser conhecido na Broadway.
Criou a sua própria companhia e foi trabalhar também para a CBS, na adaptação radiofónica de obras literárias. Em 1938, produziu uma transmissão radiofónica intitulada “A Guerra dos Mundos”, baseada no livro com o mesmo nome, que ficou famosa mundialmente por provocar o pânico nos ouvintes, que imaginavam estar a enfrentar uma invasão de extraterrestres. Chegou a haver o caos em Nova Iorque com fugas desordenadas de muitos habitantes. O exército foi mobilizado tal o realismo do programa. O sucesso da transmissão foi tão grande que, nos dias seguintes, todos queriam saber quem era o responsável pelo programa. A fama começava para ele.
A sua estreia no cinema, em filmes de longa-metragem, ocorreu em 1941 com Citizen Kane ("O Mundo a seus Pés"), considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos. Teve nove nomeações para o Oscar, mas venceu apenas como “O Melhor Guião Original”. Neste filme, Welles foi director, co-guionista, produtor e actor, o que é surpreendente pois, no cinema, a acumulação de funções acaba quase sempre por influenciar negativamente o produto final. Neste caso surgiu uma obra completamente à frente do seu tempo.
Em 1962 realizou "The Trial", filme baseado na obra "O Processo" de Franz Kafka, que Orson Welles considerava uma das suas melhores películas.
Apesar de só ter realizado quinze filmes, ele influenciou diferentes realizadores, em particular Stanley Kubrick.
Paradoxalmente, encontrou sérias dificuldades para continuar a sua carreira como realizador, passando décadas a aceitar papéis de actor, mas chamando sempre a atenção pela qualidade da sua presença e pela sua voz notável e inconfundível. A morte levou-o aos setenta anos, vítima de ataque cardíaco.
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