EFEMÉRIDE – Klaus Barbie, oficial SS nazi, conhecido pela brutalidade com que torturava os prisioneiros, o que lhe valeu o epíteto de carniceiro de Lyon, nasceu em Bad Godesberg no dia 25 de Outubro de 1913. Morreu em Lyon, em 25 de Setembro de 1991. Foi um dos responsáveis operacionais pelo Holocausto.
Pertencente à “Juventude Hitleriana” desde 1933, foi recrutado para a SS em 1935. Em 1940 foi enviado para Haia onde tinha por missão capturar os refugiados políticos alemães e os judeus. Foi precisamente para fugir de Klaus Barbie que Anne Frank se viu obrigada a viver escondida durante meses em Amesterdão. Em 1942, Klaus Barbie foi colocado em Dijon e, mais tarde, em Lyon, onde assumiu a direcção da Gestapo.
Durante este período, Barbie foi responsável por dois dos actos mais infames cometidos pelos nazis em França. O primeiro foi o assassinato de Jean Moulin, o braço-direito de Charles de Gaulle e responsável por unir a Resistência Francesa. Moulin deslocou-se a Lyon para se encontrar com os chefes da Resistência local. Devido à traição de um companheiro, Klaus Barbie conseguiu prender Moulin em Montluc. Foi torturado praticamente até à morte por um dos homens de Barbie e, porventura, por ele próprio. Deixado à sua sorte no pátio da prisão, Moulin sucumbiu às suas feridas uma semana depois. O outro crime pelo qual Klaus Barbie nunca será esquecido foi a destruição de um campo onde se escondiam crianças judias. Todas com idades inferiores a catorze anos, as 44 crianças tinham-se refugiado em Izieu, uma pequena aldeia perto de Lyon. Barbie, decidido a cumprir o programa nazi chamado “Solução Final da questão judia”, que consistia no extermínio do povo judeu, encontrou as crianças e deportou-as para Auschwitz, o mais cruel campo de extermínio da história da Segunda Guerra Mundial. Nenhuma sobreviveu.
Outros actos de Barbie que chocaram a sociedade foram as torturas durante os interrogatórios. Depois de oficiais da Gestapo espancarem os prisioneiros para assegurar que estes não reagiriam, eram deixados sozinhos por umas horas. Os prisioneiros mais destemidos e que se recusassem depois a falar eram sujeitos a chicotadas, amputações, fome e aos temidos “banhos” que consistiam em manter o prisioneiro debaixo de água até desmaiar para que fosse então reanimado, interrogado e novamente submergido, caso insistisse no silêncio. Os testemunhos de algumas das suas vítimas não deixaram quaisquer dúvidas sobre a crueldade e o prazer com que ele executava ou fazia executar aqueles actos.
No fim da ocupação alemã de Lyon em 1944, Barbie, que havia contraído uma doença venérea, viu-se obrigado a partir para um hospital na Alemanha. Já em viagem, Barbie deu ainda ordens à Gestapo para assassinar os 70 prisioneiros deixados na prisão de Montluc. Depois de se curar da doença, Barbie saiu do hospital e o seu paradeiro permaneceu desconhecido durante muitos anos.
Na verdade, Barbie tornou-se agente dos serviços secretos norte-americanos em 1947, no mesmo ano em que era julgado à revelia em França pelos seus crimes e condenado à pena de morte. Em seguida instalou-se na Bolívia e colocou as suas “competências” ao serviço da ditadura do General Luis García Meza. Dispunha de um passaporte diplomático e deslocava-se à Europa, sob o falso nome de Klaus Altmann, para negociar a compra de armas e veículos militares destinados a reprimir as manifestações da oposição boliviana.
Klaus Barbie foi identificado em 1971 graças ao filho de um deportado assassinado em Auschwitz e a uma alemã, que se incumbiam de procurar todos os acusados de crimes de guerra que haviam saído impunes da 2ª Guerra Mundial.
Só em 1983, após a reposição da democracia na Bolívia, foi extraditado para França. Em 1987 foi dado início ao seu julgamento na cidade de Lyon, em que Klaus Barbie era acusado de 177 crimes contra a humanidade. Foi condenado a prisão perpétua. Durante o julgamento, não mostrou quaisquer sinais de arrependimento. Morreu de leucemia, na prisão de Lyon, quatro anos depois de ter sido condenado.
Pertencente à “Juventude Hitleriana” desde 1933, foi recrutado para a SS em 1935. Em 1940 foi enviado para Haia onde tinha por missão capturar os refugiados políticos alemães e os judeus. Foi precisamente para fugir de Klaus Barbie que Anne Frank se viu obrigada a viver escondida durante meses em Amesterdão. Em 1942, Klaus Barbie foi colocado em Dijon e, mais tarde, em Lyon, onde assumiu a direcção da Gestapo.
Durante este período, Barbie foi responsável por dois dos actos mais infames cometidos pelos nazis em França. O primeiro foi o assassinato de Jean Moulin, o braço-direito de Charles de Gaulle e responsável por unir a Resistência Francesa. Moulin deslocou-se a Lyon para se encontrar com os chefes da Resistência local. Devido à traição de um companheiro, Klaus Barbie conseguiu prender Moulin em Montluc. Foi torturado praticamente até à morte por um dos homens de Barbie e, porventura, por ele próprio. Deixado à sua sorte no pátio da prisão, Moulin sucumbiu às suas feridas uma semana depois. O outro crime pelo qual Klaus Barbie nunca será esquecido foi a destruição de um campo onde se escondiam crianças judias. Todas com idades inferiores a catorze anos, as 44 crianças tinham-se refugiado em Izieu, uma pequena aldeia perto de Lyon. Barbie, decidido a cumprir o programa nazi chamado “Solução Final da questão judia”, que consistia no extermínio do povo judeu, encontrou as crianças e deportou-as para Auschwitz, o mais cruel campo de extermínio da história da Segunda Guerra Mundial. Nenhuma sobreviveu.
Outros actos de Barbie que chocaram a sociedade foram as torturas durante os interrogatórios. Depois de oficiais da Gestapo espancarem os prisioneiros para assegurar que estes não reagiriam, eram deixados sozinhos por umas horas. Os prisioneiros mais destemidos e que se recusassem depois a falar eram sujeitos a chicotadas, amputações, fome e aos temidos “banhos” que consistiam em manter o prisioneiro debaixo de água até desmaiar para que fosse então reanimado, interrogado e novamente submergido, caso insistisse no silêncio. Os testemunhos de algumas das suas vítimas não deixaram quaisquer dúvidas sobre a crueldade e o prazer com que ele executava ou fazia executar aqueles actos.
No fim da ocupação alemã de Lyon em 1944, Barbie, que havia contraído uma doença venérea, viu-se obrigado a partir para um hospital na Alemanha. Já em viagem, Barbie deu ainda ordens à Gestapo para assassinar os 70 prisioneiros deixados na prisão de Montluc. Depois de se curar da doença, Barbie saiu do hospital e o seu paradeiro permaneceu desconhecido durante muitos anos.
Na verdade, Barbie tornou-se agente dos serviços secretos norte-americanos em 1947, no mesmo ano em que era julgado à revelia em França pelos seus crimes e condenado à pena de morte. Em seguida instalou-se na Bolívia e colocou as suas “competências” ao serviço da ditadura do General Luis García Meza. Dispunha de um passaporte diplomático e deslocava-se à Europa, sob o falso nome de Klaus Altmann, para negociar a compra de armas e veículos militares destinados a reprimir as manifestações da oposição boliviana.
Klaus Barbie foi identificado em 1971 graças ao filho de um deportado assassinado em Auschwitz e a uma alemã, que se incumbiam de procurar todos os acusados de crimes de guerra que haviam saído impunes da 2ª Guerra Mundial.
Só em 1983, após a reposição da democracia na Bolívia, foi extraditado para França. Em 1987 foi dado início ao seu julgamento na cidade de Lyon, em que Klaus Barbie era acusado de 177 crimes contra a humanidade. Foi condenado a prisão perpétua. Durante o julgamento, não mostrou quaisquer sinais de arrependimento. Morreu de leucemia, na prisão de Lyon, quatro anos depois de ter sido condenado.
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