EFEMÉRIDE – Mongo Beti, de seu verdadeiro nome Alexandre Biyidi Awala, romancista de nomeada, ensaísta, professor, livreiro e editor franco-camaronês, um dos maiores e mais prolíficos escritores africanos, faleceu em Douala no dia 7 de Outubro de 2001. Nascera em Akométam, em 30 de Junho de 1932.
Depois dos estudos primários na escola missionária de Mbalmayo, ingressou em 1945 no Liceu Leclerc em Yaoundé. Tendo obtido o bacharelato em 1951, instalou-se em França para prosseguir os estudos superiores de Letras em Aix-en-Provence e, depois, na Sorbonne em Paris.
Começou a sua carreira literária com a novela “Sem ódio e sem amor”, publicada na revista “Présence Africaine” em 1953. Seguiu-se em 1954 o seu primeiro romance “Cidade Cruel”, utilizando o pseudónimo “Eza Boto”, publicado nas edições “Présence Africaine”.
Em 1956, a publicação do romance “Pobre Cristo de Bomba” fez escândalo pela descrição satírica feita do mundo missionário e colonial. Apareceu em seguida “Missão terminada” (Prémio Saint-Beuve - 1958) e “O Rei miraculado” um ano depois.
Trabalhou para a revista “Preuves”, para a qual efectuou uma reportagem em África, e foi professor auxiliar no Liceu de Rambouillet.
Em 1959 foi nomeado professor no Liceu Henri Avril em Lamballe, ensinando mais tarde no Liceu Corneille de Ruão (1966/1994).
Em 1972 voltou à escrita, publicando nas edições “François Maspéro” o seu livro “Mão baixa sobre os Camarões, autópsia de uma descolonização”, que foi censurado por decreto do Ministro do Interior Francês, a pedido do governo dos Camarões.
Publicou em 1974 “Perpétue et Remember Ruben”. Depois de longos procedimentos judiciais, Mongo Beti e o seu editor obtiveram em 1976 a anulação da ordem de interdição de “Mão baixa…”.
Em 1978 lançou, com a sua esposa Odile Tobner, a revista bimestral “Peuples noirs Peuples africains” que foi publicada até 1991. Esta revista descrevia e denunciava os males causados em África pelos regimes neo-coloniais. Publicou vários livros durante este período, mais precisamente entre 1979 e 1989.
Em 1991 Mongo Beti voltou aos Camarões depois de 32 anos de exílio. Publicou em 1993 “A França contra a África, regresso aos Camarões”, reformando-se de professor no ano seguinte.
Abriu então em Yaoundé a “Livraria dos Povos Negros” e organizou actividades agrícolas na sua vila natal. Criou também várias associações de defesa dos cidadãos. Paralelamente a estas actividades sociais continuou a publicar romances em França, nomeadamente uma trilogia que não chegou a acabar (L’histoire du fou - 1994, Trop de soleil tue l’amour - 1999 e Branle-bas en noir et blanc – 2000). Foi internado no hospital de Yaoundé no dia 1 de Outubro de 2001 em virtude de insuficiência hepática e renal aguda, que ficou sem tratamento por falta de equipamento para diálise. Transportado para o hospital de Douala, veio ali a falecer dias depois.
Depois dos estudos primários na escola missionária de Mbalmayo, ingressou em 1945 no Liceu Leclerc em Yaoundé. Tendo obtido o bacharelato em 1951, instalou-se em França para prosseguir os estudos superiores de Letras em Aix-en-Provence e, depois, na Sorbonne em Paris.
Começou a sua carreira literária com a novela “Sem ódio e sem amor”, publicada na revista “Présence Africaine” em 1953. Seguiu-se em 1954 o seu primeiro romance “Cidade Cruel”, utilizando o pseudónimo “Eza Boto”, publicado nas edições “Présence Africaine”.
Em 1956, a publicação do romance “Pobre Cristo de Bomba” fez escândalo pela descrição satírica feita do mundo missionário e colonial. Apareceu em seguida “Missão terminada” (Prémio Saint-Beuve - 1958) e “O Rei miraculado” um ano depois.
Trabalhou para a revista “Preuves”, para a qual efectuou uma reportagem em África, e foi professor auxiliar no Liceu de Rambouillet.
Em 1959 foi nomeado professor no Liceu Henri Avril em Lamballe, ensinando mais tarde no Liceu Corneille de Ruão (1966/1994).
Em 1972 voltou à escrita, publicando nas edições “François Maspéro” o seu livro “Mão baixa sobre os Camarões, autópsia de uma descolonização”, que foi censurado por decreto do Ministro do Interior Francês, a pedido do governo dos Camarões.
Publicou em 1974 “Perpétue et Remember Ruben”. Depois de longos procedimentos judiciais, Mongo Beti e o seu editor obtiveram em 1976 a anulação da ordem de interdição de “Mão baixa…”.
Em 1978 lançou, com a sua esposa Odile Tobner, a revista bimestral “Peuples noirs Peuples africains” que foi publicada até 1991. Esta revista descrevia e denunciava os males causados em África pelos regimes neo-coloniais. Publicou vários livros durante este período, mais precisamente entre 1979 e 1989.
Em 1991 Mongo Beti voltou aos Camarões depois de 32 anos de exílio. Publicou em 1993 “A França contra a África, regresso aos Camarões”, reformando-se de professor no ano seguinte.
Abriu então em Yaoundé a “Livraria dos Povos Negros” e organizou actividades agrícolas na sua vila natal. Criou também várias associações de defesa dos cidadãos. Paralelamente a estas actividades sociais continuou a publicar romances em França, nomeadamente uma trilogia que não chegou a acabar (L’histoire du fou - 1994, Trop de soleil tue l’amour - 1999 e Branle-bas en noir et blanc – 2000). Foi internado no hospital de Yaoundé no dia 1 de Outubro de 2001 em virtude de insuficiência hepática e renal aguda, que ficou sem tratamento por falta de equipamento para diálise. Transportado para o hospital de Douala, veio ali a falecer dias depois.
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