EFEMÉRIDE – Carlos Alberto de Sousa Lopes, ex-atleta português, um dos melhores da sua geração e uma referência mundial no atletismo de longa distância, nasceu em Vildemoinhos, perto de Viseu, em 18 de Fevereiro de 1947. Sobressaiu tanto nas provas de pista, como nas de estrada e de corta-mato.
Começou a trabalhar como servente de pedreiro, ainda não tinha onze anos, para ajudar ao sustento da família. Mais tarde, foi empregado de mercearia, relojoeiro e contínuo. Durante a adolescência, ambicionava jogar futebol. O clube da sua aldeia, porém, rejeitou-o por ser excessivamente magro. Como ele próprio contou mais tarde, o atletismo surgiu por acaso. Numa correria com amigos, durante a noite, ao voltar de um baile, Carlos Lopes foi o primeiro, batendo um grupo de rapazes da sua idade que treinavam regularmente e já se dedicavam ao atletismo. Foi nesse grupo de adolescentes que nasceu a ideia de ser criado um núcleo de atletismo no Lusitano de Vildemoinhos.
A sua primeira prova oficial foi uma corrida de São Silvestre, tinha dezasseis anos. Ficou em segundo lugar, apesar da presença de corredores bem mais experientes. Pouco tempo depois, ganhou o Campeonato Distrital de Viseu de Corta-mato e, quase de seguida, foi terceiro no Campeonato Nacional de Corta-mato para Juniores. Esta classificação levou-o pela primeira vez ao “Crosse das Nações”, disputado em Rabat, onde foi o melhor português, em 25º lugar. Tinha apenas dezassete anos.
Em 1967 foi recrutado pelo Sporting Clube de Portugal. A ida para Lisboa deveu-se tanto a razões desportivas, como à promessa de um melhor emprego. Foi no Sporting que encontrou o treinador da sua vida, Moniz Pereira, que foi o mentor de várias gerações de atletas portugueses de fundo e meio-fundo.
Em 1975 com alguns outros atletas do Sporting passou a treinar duas vezes por dia. Eram dispensados dos seus empregos na parte da manhã, entrando assim na era do “semi-profissionalismo”.
Em 1976 ganhou pela primeira vez o Campeonato do Mundo de Corta-Mato, que nesse ano se realizou em Chepstown, no País de Gales.
Carlos Lopes, que já tinha estado nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, era uma das maiores esperanças portuguesas para os Jogos Olímpicos de Montreal (1976). Teve, aliás, a honra de ser o porta-bandeira da equipa portuguesa durante a cerimónia inaugural. Na final dos 10 000 metros, Carlos Lopes forçou o andamento desde o início. Seguindo as instruções de Moniz Pereira, a táctica era a de rebentar com a concorrência (ou com ele próprio). De facto, Carlos Lopes iniciou o último meio quilómetro bem adiantado do pelotão. Mas não ia só. Lasse Viren, da Finlândia, tinha conseguido acompanhá-lo. Nas últimas centenas de metros, Viren atacou forte, ultrapassou Lopes e ganhou a medalha de ouro. Lopes foi segundo e teve de se contentar com a prata. Era, no entanto, a primeira vez, desde há décadas, que Portugal conquistava uma medalha olímpica e a primeira vez no atletismo.
Seguiram-se várias lesões que o deixaram na obscuridade durante cerca de quatro anos. Em 1982 bateu o recorde da Europa de 10 000 metros com 27 m 21 s 39. No mesmo ano venceu a Corrida de São Silvestre em São Paulo no Brasil.
Nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, 1984, venceu a maratona, tornando-se o primeiro português a ser medalhado com ouro nuns Jogos Olímpicos. A prova foi rápida e a marca atingida (2 h 9 m 21 s) foi recorde olímpico durante 24 anos. O destino quase o tinha impedido de competir nestes Jogos, porque uma semana antes da partida para os EUA foi atropelado por uma automóvel durante um treino, felizmente sem consequências graves. No mesmo ano sagrou-se Campeão do Mundo de Corta-mato em Nova Jersey e voltou a venceu a “São Silvestre” de São Paulo.
Em 1985 renovou em Lisboa o título de Campeão Mundial de Corta-mato e na Maratona de Roterdão melhorou, com 2 h 7 m 12 s, o recorde do mundo, tendo sido o primeiro atleta mundial a correr esta prova em menos de 2 h 8 m.
Começou a trabalhar como servente de pedreiro, ainda não tinha onze anos, para ajudar ao sustento da família. Mais tarde, foi empregado de mercearia, relojoeiro e contínuo. Durante a adolescência, ambicionava jogar futebol. O clube da sua aldeia, porém, rejeitou-o por ser excessivamente magro. Como ele próprio contou mais tarde, o atletismo surgiu por acaso. Numa correria com amigos, durante a noite, ao voltar de um baile, Carlos Lopes foi o primeiro, batendo um grupo de rapazes da sua idade que treinavam regularmente e já se dedicavam ao atletismo. Foi nesse grupo de adolescentes que nasceu a ideia de ser criado um núcleo de atletismo no Lusitano de Vildemoinhos.
A sua primeira prova oficial foi uma corrida de São Silvestre, tinha dezasseis anos. Ficou em segundo lugar, apesar da presença de corredores bem mais experientes. Pouco tempo depois, ganhou o Campeonato Distrital de Viseu de Corta-mato e, quase de seguida, foi terceiro no Campeonato Nacional de Corta-mato para Juniores. Esta classificação levou-o pela primeira vez ao “Crosse das Nações”, disputado em Rabat, onde foi o melhor português, em 25º lugar. Tinha apenas dezassete anos.
Em 1967 foi recrutado pelo Sporting Clube de Portugal. A ida para Lisboa deveu-se tanto a razões desportivas, como à promessa de um melhor emprego. Foi no Sporting que encontrou o treinador da sua vida, Moniz Pereira, que foi o mentor de várias gerações de atletas portugueses de fundo e meio-fundo.
Em 1975 com alguns outros atletas do Sporting passou a treinar duas vezes por dia. Eram dispensados dos seus empregos na parte da manhã, entrando assim na era do “semi-profissionalismo”.
Em 1976 ganhou pela primeira vez o Campeonato do Mundo de Corta-Mato, que nesse ano se realizou em Chepstown, no País de Gales.
Carlos Lopes, que já tinha estado nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, era uma das maiores esperanças portuguesas para os Jogos Olímpicos de Montreal (1976). Teve, aliás, a honra de ser o porta-bandeira da equipa portuguesa durante a cerimónia inaugural. Na final dos 10 000 metros, Carlos Lopes forçou o andamento desde o início. Seguindo as instruções de Moniz Pereira, a táctica era a de rebentar com a concorrência (ou com ele próprio). De facto, Carlos Lopes iniciou o último meio quilómetro bem adiantado do pelotão. Mas não ia só. Lasse Viren, da Finlândia, tinha conseguido acompanhá-lo. Nas últimas centenas de metros, Viren atacou forte, ultrapassou Lopes e ganhou a medalha de ouro. Lopes foi segundo e teve de se contentar com a prata. Era, no entanto, a primeira vez, desde há décadas, que Portugal conquistava uma medalha olímpica e a primeira vez no atletismo.
Seguiram-se várias lesões que o deixaram na obscuridade durante cerca de quatro anos. Em 1982 bateu o recorde da Europa de 10 000 metros com 27 m 21 s 39. No mesmo ano venceu a Corrida de São Silvestre em São Paulo no Brasil.
Nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, 1984, venceu a maratona, tornando-se o primeiro português a ser medalhado com ouro nuns Jogos Olímpicos. A prova foi rápida e a marca atingida (2 h 9 m 21 s) foi recorde olímpico durante 24 anos. O destino quase o tinha impedido de competir nestes Jogos, porque uma semana antes da partida para os EUA foi atropelado por uma automóvel durante um treino, felizmente sem consequências graves. No mesmo ano sagrou-se Campeão do Mundo de Corta-mato em Nova Jersey e voltou a venceu a “São Silvestre” de São Paulo.
Em 1985 renovou em Lisboa o título de Campeão Mundial de Corta-mato e na Maratona de Roterdão melhorou, com 2 h 7 m 12 s, o recorde do mundo, tendo sido o primeiro atleta mundial a correr esta prova em menos de 2 h 8 m.
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