EFEMÉRIDE – Lou Andreas-Salomé, de seu verdadeiro nome Louise von Salomé, escritora alemã de origem russa, nasceu em São Petersburgo no dia 12 de Fevereiro de 1861. Morreu em Göttingen, em 5 de Fevereiro de 1937.
Era uma bela mulher e escandalizou a sociedade da sua época ao quebrar as regras morais estabelecidas. Teve vários amantes. Conheceu intelectuais como Sigmund Freud, Friedrich Nietzsche e Rainer Maria Rilke, entre outros. Mulher sensível, tinha fama de ser uma sedutora.
A sua produção literária esteve sempre muito ligada aos seus envolvimentos amorosos e, assim, da relação com Rainer Maria Rilke, aos 36 anos, resultaram obras fundamentais como “A humanidade da mulher” e “Reflexões sobre o problema do amor”.
O pai era originário de uma família de huguenotes de Avinhão, que tinha deixado a França depois da Revolução, para se estabelecer nos países bálticos. Aos seis anos foi enviado para São Petersburgo, para aí receber uma educação militar. Depois de se ter distinguido pela sua valentia durante a insurreição polaca de 1831, foi elevado à “nobreza hereditária” pelo Czar Nicolau I. Tendo obtido o posto de general, entrou para o estado-maior de Alexandre II, que o nomeou inspector dos exércitos. Em 1844 casou-se com a filha de um rico fabricante de açúcar, de origem dinamarquesa e norte alemã, que lhe deu seis filhos: cinco rapazes e, em 1861, uma rapariga a quem foi dado o nome de Louise. Esta cresceu rodeada de uniformes de oficiais, largamente afastada da sociedade russa, numa pequena comunidade de emigrantes germanófilos.
Falando e escrevendo essencialmente alemão, mas conhecendo evidentemente o russo e o francês (língua da alta sociedade) e estudando numa escola privada inglesa, ela não deixava porém de ter uma “alma russa”.
Aos 21 anos, encontrou-se com Friedrich Nietzsche, de 38 anos, que durante o ano de 1882 viveu a sua única e verdadeira história de amor numa “escapadela a três” com Paul Rée, um filósofo judeu que chegaria a pedir Lou em casamento. O amor dos três intelectuais seria no entanto apenas platónico. Ela passou três semanas a discutir filosofia com Nietzsche. Este via nela uma “criança” muito dotada mas, ao mesmo tempo, insuportável. Foi finalmente a irmã do filósofo que afastou a jovem russa, o que o irmão nunca lhe perdoou, caindo em profunda depressão.
A vida de Lou foi a de uma boémia intelectual pan-europeia, que viajava em permanência e se correspondia com os maiores pensadores da época. Mulher livre antes do seu tempo, em 1897, com 36 anos, encontrou Rainer Maria Rilke, que tinha menos catorze anos que ela. Partiu com ele para a Rússia em 1900. A sua relação durou três anos. A correspondência trocada entre eles duraria porém toda a vida. Rilke teria sido o único homem que ela amou fisicamente. Ela mudou-lhe o nome de “René” para “Rainer”, simplificou o seu estilo e tornou-se simultaneamente sua mãe e sua musa.
Lou Andreas-Salomé foi classificada como uma “inspiradora”, que se relacionou com os espíritos mais notáveis do seu tempo, tratando-os como seus iguais. Este facto prejudicou o conhecimento da sua própria obra, extremamente rica, mas ainda por estudar: vários romances; ensaios sobre Nietzsche, Léon Tolstoï e Rilke, sobre a psicanálise e sobre o feminismo; uma autobiografia que ela quis que fosse póstuma e muita correspondência, também trocada com Freud, participando activamente e com espírito crítico nos principais conceitos deste Mestre. Morreu aos 76 anos, numa Alemanha já dominada pela ideologia nazi.
Era uma bela mulher e escandalizou a sociedade da sua época ao quebrar as regras morais estabelecidas. Teve vários amantes. Conheceu intelectuais como Sigmund Freud, Friedrich Nietzsche e Rainer Maria Rilke, entre outros. Mulher sensível, tinha fama de ser uma sedutora.
A sua produção literária esteve sempre muito ligada aos seus envolvimentos amorosos e, assim, da relação com Rainer Maria Rilke, aos 36 anos, resultaram obras fundamentais como “A humanidade da mulher” e “Reflexões sobre o problema do amor”.
O pai era originário de uma família de huguenotes de Avinhão, que tinha deixado a França depois da Revolução, para se estabelecer nos países bálticos. Aos seis anos foi enviado para São Petersburgo, para aí receber uma educação militar. Depois de se ter distinguido pela sua valentia durante a insurreição polaca de 1831, foi elevado à “nobreza hereditária” pelo Czar Nicolau I. Tendo obtido o posto de general, entrou para o estado-maior de Alexandre II, que o nomeou inspector dos exércitos. Em 1844 casou-se com a filha de um rico fabricante de açúcar, de origem dinamarquesa e norte alemã, que lhe deu seis filhos: cinco rapazes e, em 1861, uma rapariga a quem foi dado o nome de Louise. Esta cresceu rodeada de uniformes de oficiais, largamente afastada da sociedade russa, numa pequena comunidade de emigrantes germanófilos.
Falando e escrevendo essencialmente alemão, mas conhecendo evidentemente o russo e o francês (língua da alta sociedade) e estudando numa escola privada inglesa, ela não deixava porém de ter uma “alma russa”.
Aos 21 anos, encontrou-se com Friedrich Nietzsche, de 38 anos, que durante o ano de 1882 viveu a sua única e verdadeira história de amor numa “escapadela a três” com Paul Rée, um filósofo judeu que chegaria a pedir Lou em casamento. O amor dos três intelectuais seria no entanto apenas platónico. Ela passou três semanas a discutir filosofia com Nietzsche. Este via nela uma “criança” muito dotada mas, ao mesmo tempo, insuportável. Foi finalmente a irmã do filósofo que afastou a jovem russa, o que o irmão nunca lhe perdoou, caindo em profunda depressão.
A vida de Lou foi a de uma boémia intelectual pan-europeia, que viajava em permanência e se correspondia com os maiores pensadores da época. Mulher livre antes do seu tempo, em 1897, com 36 anos, encontrou Rainer Maria Rilke, que tinha menos catorze anos que ela. Partiu com ele para a Rússia em 1900. A sua relação durou três anos. A correspondência trocada entre eles duraria porém toda a vida. Rilke teria sido o único homem que ela amou fisicamente. Ela mudou-lhe o nome de “René” para “Rainer”, simplificou o seu estilo e tornou-se simultaneamente sua mãe e sua musa.
Lou Andreas-Salomé foi classificada como uma “inspiradora”, que se relacionou com os espíritos mais notáveis do seu tempo, tratando-os como seus iguais. Este facto prejudicou o conhecimento da sua própria obra, extremamente rica, mas ainda por estudar: vários romances; ensaios sobre Nietzsche, Léon Tolstoï e Rilke, sobre a psicanálise e sobre o feminismo; uma autobiografia que ela quis que fosse póstuma e muita correspondência, também trocada com Freud, participando activamente e com espírito crítico nos principais conceitos deste Mestre. Morreu aos 76 anos, numa Alemanha já dominada pela ideologia nazi.
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