EFEMÉRIDE – Miep Gies, de seu verdadeiro nome Hermine Santrouschitz Gies, holandesa, grande amiga de Anne Frank, da qual guardou o diário durante a Segunda Guerra Mundial, nasceu em Viena, então no Império Austro-Húngaro, no dia 15 de Fevereiro de 1909. Faleceu na Holanda em 11 de Janeiro de 2010.
A sua família emigrara para a Holanda em 1920, escapando às restrições alimentares impostas na Áustria após a Primeira Guerra Mundial. Fixaram-se em Amesterdão em 1922.
Miep Gies encontrou Otto Frank em 1933 e pediu-lhe um lugar de secretária na sua empresa. Ingressou na sociedade “Opekta”, tornando-se igualmente amiga da família Frank.
Casou-se com Jan Dies em 1941, depois de ter recusado a filiação numa associação de mulheres nazis e de ter sido ameaçada de deportação quando voltasse à Áustria.
Enquanto Anne Frank, a sua família e mais quatro pessoas se escondiam dentro de um anexo secreto, com medo de serem descobertos, Miep levava-lhes comida, livros e outros objectos indispensáveis. Dava-lhes ainda informações sobre o mundo e como estavam as pessoas a reagir à Guerra. Na manhã de 4 de Agosto de 1944, um delator anónimo indicou à Gestapo o esconderijo dos Frank. Depois da prisão e deportação de Anne, Miep descobriu num esconderijo os seus cadernos íntimos e guardou-os numa gaveta sem os ler, esperando o regresso da amiga.
Miep escapou de ser presa e executada sob acusação de ajuda a judeus, porque o oficial que a interrogou era como ela de origem austríaca. Tentou mais tarde, mas sem sucesso, subornar personalidades nazis para obter a libertação dos seus amigos.
Quando acabou a guerra e depois de tomar conhecimento da morte de Anne Frank no campo de concentração de Bergen-Belsen, entregou todos os documentos em seu poder a Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família. Este publicou o livro em 1947.
Em meados dos anos 1980, a escritora americana Alison Gold conseguiu persuadir Miep Gies a participar num projecto comum de um livro. O título autobiográfico de sucesso, “Meu Tempo com Anne Frank”, foi publicado em 1987, primeiro nos EUA e, pouco depois, na Holanda e na Alemanha. O livro é também uma homenagem a Jan, o marido de Miep Gies, que sempre preferiu permanecer em segundo plano. Nos anos seguintes, Miep foi homenageada por várias vezes: em 1994, outorgaram-lhe a Cruz dos Justos do Memorial Yad Vashem, em Jerusalém, e recebeu a Ordem de Mérito da República Federal Alemã. Em 1997, a rainha Beatriz da Holanda fê-la Cavaleiro da Ordem Laranja-Nassau.
Na Primavera de 1996, Miep recebeu, juntamente com o cineasta Jon Blair, o Oscar pelo filme documentário “Anne Frank remembered”.
Miep, que entretanto enviuvara, viveu com vitalidade intelectual e sem ajuda de outros, na sua residência em Amesterdão, até a morte a ceifar aos 100 anos de idade.
A sua família emigrara para a Holanda em 1920, escapando às restrições alimentares impostas na Áustria após a Primeira Guerra Mundial. Fixaram-se em Amesterdão em 1922.
Miep Gies encontrou Otto Frank em 1933 e pediu-lhe um lugar de secretária na sua empresa. Ingressou na sociedade “Opekta”, tornando-se igualmente amiga da família Frank.
Casou-se com Jan Dies em 1941, depois de ter recusado a filiação numa associação de mulheres nazis e de ter sido ameaçada de deportação quando voltasse à Áustria.
Enquanto Anne Frank, a sua família e mais quatro pessoas se escondiam dentro de um anexo secreto, com medo de serem descobertos, Miep levava-lhes comida, livros e outros objectos indispensáveis. Dava-lhes ainda informações sobre o mundo e como estavam as pessoas a reagir à Guerra. Na manhã de 4 de Agosto de 1944, um delator anónimo indicou à Gestapo o esconderijo dos Frank. Depois da prisão e deportação de Anne, Miep descobriu num esconderijo os seus cadernos íntimos e guardou-os numa gaveta sem os ler, esperando o regresso da amiga.
Miep escapou de ser presa e executada sob acusação de ajuda a judeus, porque o oficial que a interrogou era como ela de origem austríaca. Tentou mais tarde, mas sem sucesso, subornar personalidades nazis para obter a libertação dos seus amigos.
Quando acabou a guerra e depois de tomar conhecimento da morte de Anne Frank no campo de concentração de Bergen-Belsen, entregou todos os documentos em seu poder a Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família. Este publicou o livro em 1947.
Em meados dos anos 1980, a escritora americana Alison Gold conseguiu persuadir Miep Gies a participar num projecto comum de um livro. O título autobiográfico de sucesso, “Meu Tempo com Anne Frank”, foi publicado em 1987, primeiro nos EUA e, pouco depois, na Holanda e na Alemanha. O livro é também uma homenagem a Jan, o marido de Miep Gies, que sempre preferiu permanecer em segundo plano. Nos anos seguintes, Miep foi homenageada por várias vezes: em 1994, outorgaram-lhe a Cruz dos Justos do Memorial Yad Vashem, em Jerusalém, e recebeu a Ordem de Mérito da República Federal Alemã. Em 1997, a rainha Beatriz da Holanda fê-la Cavaleiro da Ordem Laranja-Nassau.
Na Primavera de 1996, Miep recebeu, juntamente com o cineasta Jon Blair, o Oscar pelo filme documentário “Anne Frank remembered”.
Miep, que entretanto enviuvara, viveu com vitalidade intelectual e sem ajuda de outros, na sua residência em Amesterdão, até a morte a ceifar aos 100 anos de idade.
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