EFEMÉRIDE – Garcia de Resende, poeta, cronista, músico, desenhador e arquitecto português, morreu em Évora no dia 3 de Fevereiro de 1536. Nascera na mesma cidade em 1470.
Sabe-se que em 1490 foi moço de câmara de D. João II e, no ano seguinte, seu secretário particular, cargo que ainda exercia quando o soberano faleceu. Foi designado secretário-tesoureiro da faustosa embaixada liderada por Tristão da Cunha, enviada por D. Manuel I ao Papa Leão X.
Como muitos homens do Renascimento, Garcia de Resende tinha várias facetas: fazia trovas, tocava música, desenhava e era entendido em arquitectura militar.
Alguns historiadores consideram-no o iniciador do ciclo dos Castros, pois as suas trovas referentes à morte de Inês de Castro são o mais antigo documento poético conhecido sobre o assunto. Escreveu “Miscelânea e variedade de histórias” em redondilhas, curiosa anotação de personagens e de acontecimentos, nacionais e europeus. Mas o que o tornou mais conhecido foi o “Cancioneiro Geral”, publicado em 1516, que reuniu as composições poéticas produzidas nas cortes de D. Afonso, D. João II e D. Manuel I.
Publicou ainda “Breve memorial sobre a confissão”, “O sermão dos três reis magos”, “Vida e Feitos d’el-rei D. João II” e “Crónica de D. João II”. Passou os últimos anos da sua vida em Évora, onde era proprietário.
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