quarta-feira, 28 de novembro de 2012

EFEMÉRIDEEduardo Afonso Viana, pintor português, nasceu em Lisboa no dia 28 de Novembro de 1881. Faleceu na mesma cidade em 21 de Fevereiro de 1967. É consensualmente reconhecido como «um dos maiores pintores da primeira geração do modernismo nacional».
Estudou na Academia de Belas Artes de Lisboa, onde foi aluno de Columbano Bordalo Pinheiro. Interrompeu o curso de pintura em 1905, ano em que partiu para Paris a fim de frequentar as Academias Livres. Viajou até Inglaterra, Holanda e Bélgica. Entre 1911 e 1915, enviou trabalhos para o Salão Oficial da SNBA, sendo-lhe atribuída uma menção honrosa (1911) e um 2º lugar (1915).
Regressou a Portugal depois da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Entre 1915 e 1916, residiu em Vila do Conde mantendo uma relação de grande proximidade com o casal de pintores Robert Delaunay e Sonia Delaunay, que se tinham fixado naquela localidade. Contactou também com Amadeo de Souza-Cardoso, então a residir em Manhufe, perto de Amarante.
Em 1919, participou na III Exposição dos Modernistas no Porto; em 1920 e 1921, realizou duas exposições individuais (no Porto e em Lisboa); em 1923, foi convidado, com Amadeo e Almada, a participar na exposição Os Cinco Independentes (Lisboa).
Em 1925, organizou o 1º Salão de Outono (SNBA), que reuniu – entre os trinta nomes apresentados – o mais interessante de toda uma geração. Neste mesmo ano regressou a Paris, mudando-se para a Bélgica cinco anos mais tarde. Voltou definitivamente para Portugal em 1940, devido à intensificação da 2ª Guerra Mundial.
Trabalhando de forma lenta e reflectida, Eduardo Viana detinha-se sobre cada tema, «explorando-o como um gozo sensual isento de sentimentalismo». A parte final da sua carreira correspondeu a um tempo de consagração. A partir de 1935, participou em seis Exposições de Arte Moderna do S.P.N./S.N.I., vencendo o Prémio Columbano em 1941 e 1948. Em 1957, ganhou o Grande Prémio de Pintura na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1965, foi-lhe atribuído o Prémio Nacional de Arte.
O Museu de Arte Contemporânea adquiriu nove dos seus trabalhos mais notáveis. De temperamento recolhido, supersticioso, austero, exigente e obstinado, nunca consentiu que alguém tomasse a iniciativa de dar a conhecer a sua obra de forma extensiva. Só postumamente, em 1968, foi possível realizar uma grande exposição retrospectiva dos seus trabalhos.

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