EFEMÉRIDE – Karlheinz Stockhausen, compositor musical alemão, morreu em Kürten no dia 5 de Dezembro de 2007. Nascera em Mödrath, em 22 de Agosto de 1928.
Considerado um dos maiores compositores do final do século XX, foi autor de trabalhos artísticos de grandiosidade indiscutível. As suas obras revolucionaram a percepção do ritmo, da melodia e da harmonia. Trabalhos como “Stimmung” e “Mikrophonie” marcaram uma época e, quando da sua estreia, exigiram do público uma percepção musical aguçada. Das suas obras mais ambiciosas, destaca-se a ópera “Licht”, composta de sete peças, cada uma tendo como título um dia da semana, e baseada em textos sânscritos e budistas. No total, cerca de 29 horas de música e acção cénica que lhe custaram 27 anos de trabalho, concluído em 2004.
Após ter criado a primeira peça que fazia uso da técnica de síntese, Stockhausen compôs em 1953 dois estudos de música electrónica (“Studie I” e “Studie II”), com o objectivo de analisar as potencialidades dos sons electrónicos e criar novos timbres sem o auxílio de instrumentos, através de um método por ele desenvolvido. Estava a iniciar-se um novo género musical, que os alemães baptizaram Elektronische Musik.
As obras seguintes, assim como toda a música electrónica, tiveram por base os resultados que alcançou naquelas duas peças musicais. Stockhausen, com a sua música, foi controverso e influente. As obras “Studie I” e “Studie II”, especialmente a segunda, tiveram uma grande influência no desenvolvimento da música electrónica nas décadas de 1950 e 1960. Músicos de jazz, como Miles Davis, foram por ele influenciados, assim como artistas do rock como Frank Zappa. Os Beatles incluíram uma imagem do compositor na capa de seu álbum “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” de 1967. Richard Wright e Roger Waters dos Pink Floyd também o consideraram bastante influente, bem assim como, mais recentemente, a islandesa Björk. Ao longo da sua vida , compôs mais de 300 obras.
Esteve várias vezes em Portugal, a última das quais em Julho de 2007, no concerto de encerramento das celebrações dos cinquenta anos da Fundação Calouste Gulbenkian, onde foi apresentada uma peça para piano de sua autoria e especialmente encomendada para a ocasião.
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