EFEMÉRIDE – Elvira Sales Velez Pereira, actriz portuguesa de teatro e de cinema, morreu em Lisboa no dia 8 de Abril de 1981. Nascera, igualmente em Lisboa, em 19 de Novembro de 1892.
Só se estreou em 1913, no Teatro Moderno, com a revista “Os Grotescos”, após grande insistência junto da família, que não via com bons olhos a hipótese dela enveredar pela vida artística. Em 1914, já fez parte do elenco do Teatro de S. Luís, contracenando com Ângela Pinto e Chaby Pinheiro e, mais tarde, com outras estrelas, como Adelina Abranches, António Silva, Aura Abranches, Maria Matos, Vasco Santana e Brunilde Júdice. Também trabalhou com Palmira Bastos.
Fez digressões ao Brasil, demonstrando ser uma excelente actriz, sobretudo como comediante. No teatro de revista, distinguiu-se em “Agora é que são elas” e “Abril em Portugal”. Também fez parte do elenco da película “Aldeia da Roupa Branca” de Chianca Garcia (1938). Entrou ainda nos filmes: “Sorte Grande” de Erico Braga (1938), “Um Homem às Direitas” de Jorge Brum do Canto (1944), “Três Dias Sem Deus” de Bárbara Virgínia (1946), “O Comissário de Polícia” de Constantino Esteves (1952), “Duas Causas” de Henrique Campos (1952), “Agora é que são Elas” de Fernando Garcia (1953), “O Primo Basílio” de António Lopes Ribeiro (1959), “Encontro com a Vida” de Arthur Duarte (1960) e “As Pupilas do Senhor Reitor” de Perdigão Queiroga (1960).
Fez teatro radiofónico, sendo a sua voz conhecida de todos os portugueses. Recebeu o Prémio Lucinda Simões para A Melhor Actriz, em 1970, com a peça “A Relíquia”de Eça de Queiroz, que foi representada durante vários meses no Teatro Maria Matos. Pôs seguidamente um ponto final na sua carreira.
Recebeu diversas condecorações, entre elas a Ordem de Santiago da Espada. Foi mãe da actriz Irene Velez, que era casada com Igrejas Caeiro, conhecido homem da rádio e da política.
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