segunda-feira, 19 de maio de 2014

19 DE MAIO - NATHURAM GODSE



EFEMÉRIDENathuram Vinayak Godse, nacionalista indiano que assassinou Mahatma Gandhi, nasceu em Baramati no dia 19 de Maio de 1910. Morreu enforcado na prisão de Ambala, na província de Punjab, em 15 de Novembro de 1949. Achava que Gandhi era responsável pelo enfraquecimento do novo governo indiano, ao insistir no pagamento de certas dívidas ao Paquistão.
Pertencia a uma família brâmane muito tradicionalista. Apesar de parecer estar vocacionado para um grande destino religioso, acabou por fracassar neste desígnio e teve mesmo dificuldades em arranjar um emprego estável. Em 1947, era um simples alfaiate, que se interessava sobretudo pela política. Sob a influência de Vinayak Damodar Savarkar, político, filósofo e nacionalista hindu, tornou-se chefe de redacção do semanário pró hindu “Mahasabha”. 
Depois da separação da Índia e do Paquistão em 1947, os hindus e os muçulmanos afrontaram-se com violência. Gandhi tentou a reconciliação das duas comunidades. No dia 1 de Setembro de 1947, as lutas recomeçaram. Gandhi morava então na zona muçulmana, o que exasperou os extremistas hindus, que o ameaçaram e lhe pediram para abandonar aquele bairro. Gandhi respondeu que faria uma greve de fome até a violência acabar.
Mais tarde, em Nova Deli, em 15 de Janeiro de 1948, Gandhi começou uma greve de fome ilimitada «para proteger a vida, os bens e a religião dos muçulmanos». Ele temia uma guerra civil na nova Índia independente e queria também proteger os hindus que tinham ficado no Paquistão. Obteve o apoio das comunidades religiosas e, três dias depois, na presença do embaixador do Paquistão, pôs fim ao jejum. Obteve também o pagamento de 550 milhões de rupias devidos ao Paquistão. Para muitos hindus, isto era demais. Gandhi era um traidor. Em 30 de Janeiro, quando se dirigia para as suas orações, Nathuram Godse matou-o com três tiros à queima-roupa.
Durante o processo que o conduziria à forca, Godse reivindicou plenamente o seu acto, assegurando que, no entanto, não odiava Gandhi e que, antes de disparar, o tinha mesmo saudado religiosamente juntando as mãos em sinal de respeito, gesto que foi confirmado por diversas testemunhas. Aceitou como «desejável» a pena que lhe foi imposta, pedindo apenas que as suas cinzas fossem guardadas até ao dia em que o Indus, rio do Paquistão, pudesse correr numa Índia unificada.

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