EFEMÉRIDE
– Brenda Fassie, cantora pop sul-africana, considerada a voz dos negros
marginalizados durante o apartheid, morreu em Joanesburgo no dia 9 de Maio de
2004. Nascera em Langa, cidade do Cabo, em 3 de Novembro de 1964. Era
carinhosamente considerada como a Rainha do Pop Africano.
Foi-lhe
dado o nome de Brenda, em homenagem a Brenda Lee, uma cantora country
norte-americana. O pai morreu quando ela tinha dois anos. Com a ajuda da mãe,
que era pianista, começou a ganhar dinheiro – ainda criança – cantando para os
turistas.
Em
1981, com 16 anos, saiu da cidade do Cabo para Joanesburgo (Soweto), a fim de
tentar a sorte como cantora. Começou por juntar-se ao grupo Joy e, mais
tarde, tornou-se vocalista do grupo Brenda And The Big Dudes. Teve um
filho, Bongani, em 1985, com um colega músico dos Big Dudes. Casou-se
depois com Nhlanhla Mbambo em 1989 mas, em 1991, divorciaram-se. Por essa
época, tornou-se viciada em cocaína e a sua carreira começou a sofrer com isso.
Com
visitas frequentes aos bairros mais pobres de Joanesburgo e com canções sobre a
vida nas cidades, ela gozava de enorme popularidade, sobretudo junto dos mais
desfavorecidos.
Em
1995, foi encontrada num hotel, ao lado do corpo do seu novo namorado, Poppie
Sihlahla, que morrera de overdose. Fassie foi submetida a uma cura de
desintoxicação e começou a recolocar a sua carreira no bom caminho. No entanto,
continuou com problemas relacionados com drogas e esteve em clínicas de
reabilitação cerca de 30 vezes durante a sua curta vida.
Desde
1996, lançou vários álbuns a solo, como “Memeza” – o álbum mais vendido
na África do Sul em 1998. A
maioria dos seus álbuns tornaram-se Discos de Platina no seu país.
Conhecida também pelas suas músicas “Weekend Special” e “Too Late for
Mama”, foi apelidada pela revista “Time”, em 2001, de «A Madonna
dos bairros de lata».
Na
manhã do dia 26 de Abril de 2004, sofreu um colapso em casa e foi internada no
hospital Sunninghill, em
Joanesburgo. A imprensa foi informada que ela havia sofrido
uma paragem cardíaca, mas depois surgiu a informação de que entrara em coma em
virtude de um ataque de asma. Teve danos cerebrais irreparáveis por falta de
oxigénio. Foi visitada no hospital por Nelson Mandela, Winnie Mandela e Thabo
Mbeki e a sua condição foi notícia de primeira página nos jornais do país.
Morreu aos 39 anos de idade, sem recuperar a consciência. O relatório pos mortem revelou que ela tinha tomado cocaína na
noite do seu colapso e que seria esta a causa do coma.
Foi
eleita 17ª no Top 100 dos Grandes Sul-Africanos. O seu filho
seguiu-lhe as pisadas e executou a banda sonora do filme vencedor do Oscar
de Melhor Filme Estrangeiro de 2005 (“Tsotsi”). Bongani dedicou a
canção “I'm So Sorry” à memória de sua mãe.
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