EFEMÉRIDE
– Susan Denise Atkins, homicida norte-americana, ex-integrante da
seita “família Manson”, liderada por Charles Manson, morreu em Chowchilla no
dia 24 de Setembro de 2009. Nascera em São Gabriel , em 7 de Maio
de 1948.
Susan
era dançarina quando conheceu Charles Manson, em 1967. Ele viera tocar guitarra
na casa que ela habitava juntamente com alguns amigos. Sabendo que ela deveria
deixar a habitação algumas semanas mais tarde, Manson propôs-lhe que se
juntasse à sua comunidade, o que ela aceitou, fazendo mesmo, com eles, uma
tournée de ano e meio.
Em
Outubro de 1967, Atkins deu à luz uma criança “de pai desconhecido”, de quem
perderia a guarda quando mais tarde foi condenada. A seita fixou-se depois no Spahn
Ranch na Califórnia até à consumação dos assassinatos.
Manson
e os seus seguidores cometeram nove crimes na Califórnia, em quatro locais
diferentes e num período de cinco semanas, durante o Verão de 1969. Atkins
participou e foi condenada por oito desses crimes, incluindo o mais famoso
deles, o assassinato da actriz Sharon Tate, na casa do seu marido, o realizador
Roman Polanski, que se encontrava em viagem pela Europa.
Conhecida
pelo pseudónimo de Sadie Mae Glutz entre os integrantes daquela seita
hippy, Atkins foi condenada à morte em 1971, pena depois convertida em prisão
perpétua. Esteve encarcerada na Califórnia desde a sua prisão, em 1 de Outubro
de 1969, sendo a mais antiga presa do estado. Teve dez pedidos de liberdade
condicional (permitidos no sistema jurídico norte-americano a alguns condenados
a prisão perpétua, após determinado número de anos de detenção), todos negados
pela Justiça.
Foi
Atkins quem apunhalou Tate, grávida de oito meses. Argumentou estar sob os
efeitos de LSD no momento do assassinato, mas não mostrou qualquer arrependimento.
Revelou que entre as personalidades que estavam previstas assassinar constavam também
Elisabeth Taylor, Frank Sinatra, Steve MacQueen e Tom Jones.
Segundo
o seu testemunho, Tate rogou que deixassem com vida o bebé que esperava. «Respondi-lhe
que não tinha misericórdia dela».
Atkins
converteu-se à religião em 1974, tornando-se cristã-nova. Publicou um
livro, “Child of Satan, Child of God” em 1977, no qual relata as suas
experiências com a família Manson, a sua conversão religiosa e os seus anos na
prisão. Casou-se duas vezes, em 1980 e 1987, a segunda com um advogado quinze anos
mais novo, que se tornou o seu representante legal nas audiências de apelação
por liberdade condicional.
Um comité
de avaliação da Califórnia negou, no dia 2 de Setembro de 2009, de forma
unânime, mais um pedido de liberdade condicional feito pelos seus advogados. A
decisão dos 12 membros do comité foi tomada após uma longa audiência, durante a
qual Atkins esteve presente, sedada e numa maca.
Susan
Atkins morreu aos 61 anos de idade, três semanas após ter sido recusado o seu
último pedido de liberdade. Tinha uma perna amputada, um cancro no cérebro em
fase terminal e 85% do corpo paralisado.
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