segunda-feira, 15 de maio de 2017

15 DE MAIO - ARTHUR SCHNITZLER

EFEMÉRIDEArthur Schnitzler, médico e escritor austríaco, nasceu em Viena no dia 15 de Maio de 1862. Morreu na mesma cidade em 21 de Outubro de 1931. É um dos autores mais importantes da “modernidade vienense” do fim do século XIX e começo do século XX.
O pai pertencia a uma família judaica que se mudou de Budapeste para Viena, tornando-se um respeitado médico e director da Allgemeine Poliklinik.
Arthur frequentou o liceu entre 1871 e 1879, tendo depois completado o curso de Medicina na Universidade de Viena. Viria a doutorar-se em 1885. Colaborou na revista médica “Allgemeine Klinische Rundschau” e cedo começou a interessar pela psicologia. Trabalhando com o psiquiatra Theodor Meynert, fazia experiências com a hipnose e a sugestão, como técnicas terapêuticas.
Foi assistente e médico no Hospital Wiener Allgemeines Krankenhaus e, mais tarde, assistente do seu pai no Hospital Poliklinik. Em 1893, abriu uma clínica privada, à qual se começou a dedicar cada vez menos devido à sua crescente actividade literária.
Schnitzler é frequentemente comparado com Sigmund Freud. Nas suas peças de teatro, novelas e romances, usava a técnica do “fluxo de consciência”, onde mostrava drasticamente a actividade subconsciente dos seus protagonistas. Em consequência da sua representação intransigente do pensamento, foi inúmeras vezes criticado. Alguns dos seus livros tiveram também problemas com a censura por abordarem temas sexuais, anti-semitas e anti-militaristas.
As semelhanças entre Sigmund Freud (1856/1939) e Arthur Schnitzler (1862/1931) são indiscutíveis. Ambos viveram a psicanálise, cada um a seu modo, mas intensamente.
Numa carta para Schnitzler, datada de Maio de 1922, Freud fez algumas observações acerca da obra do escritor e confessa ter evitado, durante muito tempo, ser apresentado a ele, pois – ao ler os seus textos – parecia-lhe que se tratava de um seu «duplo». Alguém que, como ele, era «explorador das profundezas» e mostrava «as verdades do inconsciente». Freud afirmava ainda: «Sempre que me deixo absorver profundamente pelas suas belas criações, parece-me encontrar, sob a superfície poética, as mesmas suposições antecipadas, conclusões e interesses que reconheço como meus próprios. Fica-me a impressão de que o senhor sabe por intuição – realmente, a partir de uma fina auto-observação – tudo o que tenho descoberto noutras pessoas por meio de um trabalho meticuloso.».
Arthur Schnitzler morreu aos 69 anos, vítima de hemorragia cerebral, sendo sepultado no Cemitério Central de Viena.

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