domingo, 28 de abril de 2019

28 DE ABRIL - LEE FALK


EFEMÉRIDE- Lee Falk, de seu verdadeiro nom Leon Harrison Gross, escritor, autor de banda desenhada, director e produtor teatral norte-americano, famoso por ter criado os personagens de BD O Fantasma e Mandrake, o Mágico, nasceu em St. Louis no dia 28 de Abril de 1911. Morreu em Nova Iorque, em 13 de Março de 1999.
Escreveu as suas histórias desde 1934 até aos seus últimos dias de vida. Os seus dois personagens principais estão ainda em actividade e continuam a ser populares.
Passou a infância e a adolescência em Saint Louis e, terminados os estudos universitários, adoptou o pseudónimo “Lee Falk”. Desconhece-se o que o levou a escolher “Falk”, mas “Lee” era a sua alcunha desde criança.
Quando iniciou a carreira como escritor de banda desenhada, a sua biografia oficial apresentava-o como um experimentado viajante que explorara o mundo e que estudara com grandes místicos do Oriente. A verdade, porém, é que inventou estes dados, de modo a tornar mais credíveis as histórias de Mandrake e do Fantasma, ambos aventureiros cosmopolitas. A viagem a Nova Iorque para dar a conhecer Mandrake à editora King Features Syndicate foi, com efeito, a maior viagem que fizera até então. Posteriormente, viajaria à volta do mundo, em parte para evitar o embaraço de ser desmascarado por viajantes e aventureiros autênticos. 
Após se graduar na Universidade de Illinois, trabalhou numa agência de publicidade como redactor e escreveu e produziu programas de rádio para uma emissora da sua cidade natal. Foi então que conheceu um jovem ilustrador chamado Phil Davis. Juntos criaram Mandrake, que venderam ao King Features Syndicate, de Nova Iorque. Esta BD estreou em Junho de 1934 e, no ano seguinte, chegou às páginas coloridas de vários suplementos dominicais.
Mandrake evocava a essência dos mágicos de vaudeville, que faziam espectáculos itinerantes pelo sul dos Estados Unidos, muito populares entre 1880 e 1920. As apresentações combinavam números de dança e acrobacias, música popular, encenações de operas e peças de teatro, adestramento de animais e todo o tipo de «maravilhas exóticas de todas as partes do mundo». Estes elementos marcaram a infância de Falk e tornaram-se a matéria prima das aventuras do mágico e do seu fiel companheiro, o nobre africano Lothar. O rosto do personagem, baseado no do próprio Falk, reunia todos os traços típicos do homem de aventuras exóticas que o cinema da época se tinha encarregado de mitificar: elegante, viril, enigmático, cavalheiresco e pronto para a acção. 
Com o sucesso de Mandrake, Lee Falk tinha encontrado a galinha dos ovos de ouro. Criou, então - em colaboração com o desenhador Ray Moore - O Fantasma, um dos mais célebres e duradouros mitos das histórias aos quadradinhos. Antes dele, já existiam heróis justiceiros, mas aquele mascarado era o justiceiro no sentido mais puro. Ele lutava sempre em defesa dos oprimidos. Os seus combates eram contra piratas e traficantes, a ralé da espécie humana. O herói trazia o rosto coberto com uma máscara, alimentando a aura de mistério que o cercava.
Face a um guião primoroso, o desenhador Ray Moore - criador visual das histórias - caprichou com os seus desenhos, cheios de sombras sugestivas e cenas nocturnas, suaves e mágicas. O Fantasma, que saiu nos jornais em Fevereiro de 1936, teve um sucesso absoluto. 
No teatro, Falk encontrou uma nova paixão a partir dos anos 1950. Produziu pelo menos 300 peças durante toda a sua vida, tendo dirigido mais de 100. Também trabalhou como dramaturgo, escrevendo 12 peças autorais, entre as quais duas foram os musicais “Happy Dollar” e “Mandrake the Magician”.
Lee Falk faleceu aos 87 anos, vítima de um ataque cardíaco. Morava em Nova Iorque, num luxuoso apartamento frente ao Central Park.

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