Nasceu no seio de uma família da
alta burguesia (origem inglesa por parte da avó paterna). Um ano depois, foi
viver para o Alentejo. O pai faleceu cedo, num desastre de viação. Em Sines,
passou toda a infância e adolescência, até que a família decide enviá-lo para o
estabelecimento de ensino artístico Escola António Arroio, em Lisboa.
Em 14 de Abril de 1967, refractário
militar, foi viver para a Bélgica, onde estudou Pintura na École
Nationale Supérieure d’Architecture et des Arts Visuels (La Cambre),
em Bruxelas. Após concluir o curso, decide abandonar a pintura em 1971 e
dedicar-se exclusivamente à escrita.
Durante esse período viveu numa
comunidade de artistas hippies e, na sequência de
uma ligação com uma rapariga belga, teria sido pai de uma criança.
Regressa a Portugal em 17 de Novembro
de 1974 e escreve o primeiro livro inteiramente na língua portuguesa, “À Procura do Vento num Jardim d’Agosto”.
“O Medo”, uma antologia do
seu trabalho desde 1974 a 1986, foi editado pela primeira vez em 1987. Este
veio a tornar-se no trabalho mais importante da sua obra e o seu definitivo
testemunho artístico, sendo adicionados em posteriores
edições novos escritos do autor, mesmo após a sua morte.
Deixou ainda textos incompletos
para uma ópera, para um livro de fotografia sobre Portugal e uma «falsa autobiografia», como o próprio autor a
intitulava.
Al Berto faleceu em Lisboa, de
linfoma, aos 49 anos.
Em 2009 a Companhia de Teatro
O Bando
estreou no Teatro Nacional Dona Maria II,
em Lisboa, um espectáculo intitulado “A Noite” a
partir de “Lunário, Três cartas da memória das Índias”, “Apresentação
da noite”, “O Medo”, “À procura do vento num jardim d’Agosto”
e “Dispersos”. O espectáculo foi encenado por João Brites e
interpretado por Ana Lúcia Palminha e Pedro Gil. Além de Lisboa, o espectáculo
esteve ainda no Teatro da Cerca de São Bernardo em Coimbra e no espaço de
O Bando.
Em 2017, foi lançado o primeiro
filme biográfico, “Al Berto”, realizado por Vicente Alves do Ó, que retrata uma relação do poeta com o irmão do realizador do
filme em 1975.
Recebeu em 1988 com o Prémio
Pen Club de Poesia pela obra “O Medo”.
Em 10 de Junho de 1992 foi feito oficial
da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
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