Filho do vice-almirante Tito
Augusto de Morais e de sua esposa Carolina de Antas de Loureiro de Macedo,
frequentou o Colégio Militar e o Liceu Camões, em Lisboa. Na
Bélgica, licenciou-se em Engenharia Electrotécnica, na Universidade
de Gand. Trabalhou em Portugal, na Companhia Portuguesa Rádio Marconi e
na General Electric.
Casou, em 8 de Agosto de 1931,
com Maria da Conceição Formosinho Mealha, da qual teve um filho e duas filhas.
Resistente anti-salazarista, foi-
em 1945 - chamado para a Comissão Central do Movimento de Unidade
Democrática, depois ilegalizado. Preso pela PIDE, em 1947 e 1961,
partiu para o exílio, tendo passado por Angola, França, Brasil, Argélia, Suíça,
Itália e Alemanha Ocidental.
Em Argel, foi locutor de “A
Voz da Liberdade” e dirigente da Frente Patriótica de Libertação
Nacional. Em Genebra, foi um dos fundadores da Acção Socialista
Portuguesa, em 1964, que daria origem ao Partido Socialista, em
1973. Em Roma, foi co-fundador do “Portugal Socialista” em 1967, depois
jornal oficial do PS.
Depois do 25 de Abril, foi
eleito deputado à Assembleia Constituinte, em 1975, e à Assembleia da
República, no ano seguinte.
Foi secretário de Estado do Emprego
do VI Governo Provisório e da População e Emprego do I Governo
Constitucional.
Entre Maio de 1979 e Abril de
1980, foi vice-presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa,
ocupando depois a vice-presidência da Assembleia da República, em 1977,
sendo eleito presidente, em 1983.
Voltou a ser eleito deputado em
1985, mantendo-se até 1989. Em24 de Agosto de 1985, foi agraciado com a Grã-Cruz
da Ordem Militar de Cristo e, a 1 de Outubro de 1985, recebeu a Grã-Cruz
da Ordem da Liberdade.
Foi presidente do PS,
entre 1986 e 1988, eleito no VI Congresso.
À data da sua morte, era mestre
da Maçonaria, onde se iniciou aos 80 anos, na Loja José Estêvão,
afecta ao Grande Oriente Lusitano.
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