sexta-feira, 24 de junho de 2022

24 DE JUNHO - MARIANA MORTÁGUA

EFEMÉRIDE - Mariana Rodrigues Mortágua, economista e política portuguesa, deputada do partido Bloco de Esquerda, nasceu no Alvito em 24 de Junho de 1986.

Filha de Camilo Mortágua, histórico activista anti-salazarista, revolucionário, membro fundador e operacional da LUAR, é irmã gémea da também dirigente e deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua e prima afastada da socialista Maria João Rodrigues.

É licenciada e mestre em Economia, pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, tendo terminado o doutoramento em Economia na School of Oriental and African Studies (SOAS) da Universidade de Londres.

Estreou-se como deputada na Assembleia da República aos 27 anos, em 2013, por necessidade de substituição de Ana Drago no círculo eleitoral de Lisboa, onde foi eleita.

A sua nomeação em Setembro de 2013 para os lugares cimeiros da lista de candidatos a deputados por parte da Comissão Política do BE, foi contestada por um grupo de militantes, que criticaram o «critério tecnocrata» que orientou a sua escolha, nomeadamente o facto de ter conhecimentos de economia. Perante isto, o BE confirmou que Mariana Mortágua foi considerada como o elemento que «melhor serviria os interesses do partido na Assembleia da República, em virtude dos seus conhecimentos na área da Economia», algo que se vinha «a fazer sentir desde a saída de Francisco Louçã».

Ganhou posteriormente particular visibilidade na política portuguesa, após o seu desempenho no inquérito parlamentar a Zeinal Bava e a Ricardo Salgado, no âmbito da ruína do banco BES.

Foi reeleita deputada nas Eleições Legislativas de 2015, que deram ao Bloco de Esquerda a sua maior votação de sempre.

Integrou a Comissão de Economia e Obras Públicas, a Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública e a Comissão Eventual para Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal.

Foi de novo reeleita deputada em Outubro de 2019. Actualmente, integra apenas a Comissão de Orçamento e Finanças.

Em Setembro de 2016, afirmou: «Do ponto de vista prático, a primeira coisa que temos de fazer é perder a vergonha de ir buscar a quem está a acumular dinheiro». «Não podemos ter vergonha de ter uma política social deste género».

Em Abril de 2022, o Ministério Público instaurou um inquérito crime a Mariana Mortágua, por ter recebido o subsídio de exclusividade pelo seu trabalho no Parlamento ao mesmo tempo que desempenhou actividades remuneradas na comunicação social. Em 30 de Março de 2022, o Ministério Público solicitou à SIC e ao “Jornal de Notícias” os «recibos dos honorários pagos a Mariana Mortágua no período compreendido entre Janeiro de 2015 e a data presente». O Global Media Group (detentor do “Jornal de Notícias”) indicou que os recibos emitidos pela deputada bloquista pela colaboração como colunista (que faz desde 2015) não configuravam remuneração de propriedade intelectual, mas prestação de serviços em actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares.

Mortágua interessa-se por diversas causas humanitárias, destacando-se os direitos das mulheres e os direitos LGBT. Despertou para a causa do feminismo na sua juventude, quando fez parte da Associação Jovem para a Justiça e Paz (AJP), liderada pela feminista Teresa Cunha. É assídua a sua presença em marchas de orgulho LGBT, acompanhada da comitiva do BE.

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