sábado, 18 de junho de 2022

18 DE JUNHO - FERNANDO DE PAÇOS

EFEMÉRIDE - Fernando de Paços (pseudónimo de Fernando Zamith de Passos Silva, tradutor, poeta, cronista e dramaturgo autodidacta e nacionalista português, morreu em Queluz no dia 18 de Junho de 2003. Nascera em Viana do Castelo, em 8 de Novembro de 1923.

Fazendo parte do grupo cultural e político Távola Redonda, foi uma das vozes líricas mais interessantes no início da década de 1950.

Na sua vida profissional, foi secretário e colaborador na revista “Távola Redonda” (1950/1954), publicação oficial do grupo referido acima, e redactor da revista “Graal” (1956/1957).

Esteve, desde 1980 até à aposentação, ligado à direcção literária da Editorial Verbo.

Era também um pedagogo, «alguém para quem uma das funções do teatro era a de educar divertindo».

Ao lado de um alto grau de exigência, haveria em Fernando de Paços um como que pudor de se exibir na feira literária, com todo o seu ruído, vaidade e emulação.

Nem o seu interesse pelo teatro o levou a subir ao palco. Autor de peças infantis e entusiasta de fantoches e marionetas - era, certamente, a faceta lúdica de um homem reservado -, escondia-se atrás da cortina.... A sua vocação não era a de publicista - era, no mundo, a de monge contemplativo.

Era muito amigo dos escritores Luiz Pacheco, de quem era vizinho e mesmo assim com quem trocava correspondência, e de Florentino Goulart Nogueira, com quem colaborou na “Graal” e depois na revista “Tempo Presente”.

Viana do Castelo foi a cidade onde tirou o curso dos liceus. Filho de uma família numerosa, cedo foi habitar com os seus os pais e irmãos, numa casa serrana com uma pequena quinta, a dois quilómetros de Viana do Castelo, em São João d’Arga, a poucos metros de uma casinha onde, por algum tempo, vivera Camilo Castelo Branco pelos anos 1850.

Na sua juventude, foi um dinamizador de revistas, culturais como a revista “Seiva Nova”, na qual colaborava com recensões, poesia, artigos sobre literatura e contos nos anos de 1942/1943.

Veio viver para Lisboa no ano de 1953, a instâncias do poeta António Manuel Couto Viana, seu conterrâneo.

Foi secretário dos fascículos de poesia “Távola Redonda” e, com Maria de Lourdes Belchior, David Mourão-Ferreira, Goulart Nogueira e Luís de Macedo, e pertenceu ao corpo de redacção da revista “Graal”.

Igualmente começou por exercer actividades culturais para a infância no “Diário de Notícias”, como redactor da revista “Cavaleiro Andante” e editor da revista “João Ratão”.

Foi ainda director da revista infantil Camarada(1958/1965).

Participou com a sua dramaturgia infantil no Teatro do Gerifalto dirigido pelo referido A. M. Couto Viana.

Anos mais tarde, passou a exercer, em exclusivo, o cargo de director da Editorial Verbo, sendo amigo do proprietário Fernando Guedes.

Faleceu, numa modesta casa, em Massamá, Queluz aos 79 anos.  Era casado com Amália Monroy de Cabo.

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...