Quando era criança, nunca acreditei em marcianos de sete olhos e duas cabeças, mas hoje em dia já ponho sérias dúvidas quanto àquilo que é ou não credível.
Nem mesmo discuto aquela de que "eu não acredito em bruxas, mas que as há, há"...
Já poucas coisas me admiram!
Pensei, durante a Guerra do Golfo, enquanto o Tio Sam zurzia os recém-aliados talibans, que a América não poderia jamais vir a ter uma imagem pior... esqueci-me que o rapaz que lá estava tinha um filho!
Agora, é ele mesmo que me faz pasmar quase todos os dias com a latitude das coisas que podem acontecer como se fossem as mais naturais deste mundo.
Não, não vou falar da invasão de um país soberano "por precaução" - um "direito" que não consegui encontrar em nenhuma jurisprudência deste mundo (ainda por cima, uma precaução que se verificou não apenas ser falsa mas ter sido deliberadamente mentida).
Isso já passou à História, embora a invasão do Iraque seja, em si, uma repetição de histórias anteriores...
Já lhe conhecíamos também o despudor com que anunciou que não cumpriria o Protocolo de Quioto, "por ser contrário aos interesses do povo americano" - o mesmo que é responsável por 42% da poluição mundial.
Foi-lhe tão importante os Estados Unidos terem, em princípio, aceite o tratado, para ele o negar depois, como agora lhe foi que a maioria democrata no Congresso tivesse legislado contra a continuação do financiamento das tropas americanas no Iraque (uma forma de terminar rapidamente com mais esta guerra no estrangeiro), para que o extraordinário Bush-filho encontrasse de imediato a solução que se impunha...
Em directo e ao vivo, pela televisão, deu o recado aos senadores: "Eu quero mesmo é que façam chegar essa lei o mais depressa possível à minha secretária ... para eu a vetar!"
E é este o senhor que anda pelo mundo a "exportar democracia"... qual democracia?
Se isto não é ditadura ...
Nem mesmo discuto aquela de que "eu não acredito em bruxas, mas que as há, há"...
Já poucas coisas me admiram!
Pensei, durante a Guerra do Golfo, enquanto o Tio Sam zurzia os recém-aliados talibans, que a América não poderia jamais vir a ter uma imagem pior... esqueci-me que o rapaz que lá estava tinha um filho!
Agora, é ele mesmo que me faz pasmar quase todos os dias com a latitude das coisas que podem acontecer como se fossem as mais naturais deste mundo.
Não, não vou falar da invasão de um país soberano "por precaução" - um "direito" que não consegui encontrar em nenhuma jurisprudência deste mundo (ainda por cima, uma precaução que se verificou não apenas ser falsa mas ter sido deliberadamente mentida).
Isso já passou à História, embora a invasão do Iraque seja, em si, uma repetição de histórias anteriores...
Já lhe conhecíamos também o despudor com que anunciou que não cumpriria o Protocolo de Quioto, "por ser contrário aos interesses do povo americano" - o mesmo que é responsável por 42% da poluição mundial.
Foi-lhe tão importante os Estados Unidos terem, em princípio, aceite o tratado, para ele o negar depois, como agora lhe foi que a maioria democrata no Congresso tivesse legislado contra a continuação do financiamento das tropas americanas no Iraque (uma forma de terminar rapidamente com mais esta guerra no estrangeiro), para que o extraordinário Bush-filho encontrasse de imediato a solução que se impunha...
Em directo e ao vivo, pela televisão, deu o recado aos senadores: "Eu quero mesmo é que façam chegar essa lei o mais depressa possível à minha secretária ... para eu a vetar!"
E é este o senhor que anda pelo mundo a "exportar democracia"... qual democracia?
Se isto não é ditadura ...
Pedro Laranjeira
Director Adjunto
Director Adjunto
Lido na revista "Perspectiva" de Maio 2007
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