EFEMÉRIDE - Aquilino Gomes Ribeiro, um dos maiores escritores portugueses, morreu em Lisboa, no dia 27 de Maio de 1963. Nascera em Carregal de Tabosa, na Beira Alta, em 13 de Setembro de 1885.
Estudou Filosofia e chegou a entrar no Seminário de Beja, porque a mãe queria que ele fosse sacerdote. Abandonou porém os estudos e, em 1904, fixou-se em Lisboa. Conviveu nos meios revolucionários que se propunham derrubar a monarquia, colaborando em várias publicações como jornalista.
Iniciou a sua vida literária em 1907, escrevendo um folhetim, em que difamava o rei D. Carlos I. Em 1908, entrou para a Maçonaria e, tempos depois, o rei foi assassinado. Aquilino fugiu para Paris e o Presidente francês não concedeu a extradição pedida por Lisboa. Em Paris frequentou os meios mais radicais, onde conheceu Lenine .
Estudou na Faculdade de Letras da Sorbonne e veio a Portugal depois da implantação da República (1910), voltando depois para Paris. Residiu alguns meses na Alemanha, em 1912. Regressou a Portugal quando começou 1ª Guerra Mundial, sem ter completado a licenciatura. Continuou sempre a escrever e foi colocado no Liceu Camões como professor, entre 1915 e 1918. Em 1918, escreveu o seu primeiro romance “A Via Sinuosa”. Escrevia com bastante regularidade, obtendo êxito tanto junto do público como da crítica.
Entrou para a Biblioteca Nacional, onde esteve de 1919 a 1927, e integrou a direcção da revista Seara Nova, que ajudara a fundar. Participou numa revolta em 1927 e exilou-se de novo em Paris. Em 1931, foi viver para a Galiza, voltando a Portugal clandestinamente, beneficiando mais tarde de uma amnistia.
Em 1933, ganhou o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, com o seu livro As Três Mulheres de Sansão.
Continuou com uma produção muito fecunda e em 1952 fez uma viagem ao Brasil, onde foi homenageado por escritores e artistas na Academia Brasileira. Foi um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Escritores à qual presidiu. Em 1960, foi proposto para o Prémio Nobel por grandes nomes da intelectualidade de língua portuguesa. Em 1963, foi homenageado em vários pontos do país pelos seus 50 anos de vida literária. Quando morreu, estava a Censura a comunicar precisamente aos jornais que não seria mais permitido falar naquelas homenagens.
Recentemente, a Assembleia da República prestou-lhe homenagem e concedeu aos seus restos mortais o direito a repousarem no Panteão Nacional.
Ao longo da sua vida, Aquilino Ribeiro escreveu romances, biografias, crónicas, ensaios históricos e literários e textos polémicos, tendo traduzido também textos importantes da literatura mundial. Como escritor, ele não pode ser enquadrado em nenhuma das escolas e tendências da sua época, tendo na literatura portuguesa um lugar ímpar.
Estudou Filosofia e chegou a entrar no Seminário de Beja, porque a mãe queria que ele fosse sacerdote. Abandonou porém os estudos e, em 1904, fixou-se em Lisboa. Conviveu nos meios revolucionários que se propunham derrubar a monarquia, colaborando em várias publicações como jornalista.
Iniciou a sua vida literária em 1907, escrevendo um folhetim, em que difamava o rei D. Carlos I. Em 1908, entrou para a Maçonaria e, tempos depois, o rei foi assassinado. Aquilino fugiu para Paris e o Presidente francês não concedeu a extradição pedida por Lisboa. Em Paris frequentou os meios mais radicais, onde conheceu Lenine .
Estudou na Faculdade de Letras da Sorbonne e veio a Portugal depois da implantação da República (1910), voltando depois para Paris. Residiu alguns meses na Alemanha, em 1912. Regressou a Portugal quando começou 1ª Guerra Mundial, sem ter completado a licenciatura. Continuou sempre a escrever e foi colocado no Liceu Camões como professor, entre 1915 e 1918. Em 1918, escreveu o seu primeiro romance “A Via Sinuosa”. Escrevia com bastante regularidade, obtendo êxito tanto junto do público como da crítica.
Entrou para a Biblioteca Nacional, onde esteve de 1919 a 1927, e integrou a direcção da revista Seara Nova, que ajudara a fundar. Participou numa revolta em 1927 e exilou-se de novo em Paris. Em 1931, foi viver para a Galiza, voltando a Portugal clandestinamente, beneficiando mais tarde de uma amnistia.
Em 1933, ganhou o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, com o seu livro As Três Mulheres de Sansão.
Continuou com uma produção muito fecunda e em 1952 fez uma viagem ao Brasil, onde foi homenageado por escritores e artistas na Academia Brasileira. Foi um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Escritores à qual presidiu. Em 1960, foi proposto para o Prémio Nobel por grandes nomes da intelectualidade de língua portuguesa. Em 1963, foi homenageado em vários pontos do país pelos seus 50 anos de vida literária. Quando morreu, estava a Censura a comunicar precisamente aos jornais que não seria mais permitido falar naquelas homenagens.
Recentemente, a Assembleia da República prestou-lhe homenagem e concedeu aos seus restos mortais o direito a repousarem no Panteão Nacional.
Ao longo da sua vida, Aquilino Ribeiro escreveu romances, biografias, crónicas, ensaios históricos e literários e textos polémicos, tendo traduzido também textos importantes da literatura mundial. Como escritor, ele não pode ser enquadrado em nenhuma das escolas e tendências da sua época, tendo na literatura portuguesa um lugar ímpar.
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