domingo, 20 de janeiro de 2008

EFEMÉRIDED. Sebastião I, 16º rei de Portugal, nasceu em Lisboa no dia 20 de Janeiro de 1554. Morreu em Alcácer-Quibir (Ksar el-Kébir) em 4 de Agosto de 1578, portanto apenas com 24 anos. Sebastião era uma criança frágil, julga-se que por ter na sua origem vários casamentos consanguíneos. Havia mesmo casos de demência na família, como por exemplo o de sua bisavó rainha Joana, a “Louca”, de Espanha.
Neto de D. João III, tornou-se herdeiro do trono depois da morte de seu pai, o príncipe João de Portugal, ocorrida duas semanas antes do seu nascimento. Tornou-se rei com a idade de três anos. Por ser um herdeiro tão esperado, para dar continuidade à Dinastia de Avis, ficou conhecido como “O Desejado”. Mais tarde passou também a ser lembrado como “O Encoberto” porque, segundo uma lenda, reapareceria numa manhã de nevoeiro, para salvar a nação.
Tendo crescido sob a educação dos Jesuítas, tinha grande fervor religioso e ocupava o seu tempo em caçadas, rodeado de bajuladores que o ajudaram a desenvolver uma personalidade extremamente teimosa. Assumiu a governação com catorze anos e os seus únicos interesses eram as batalhas, as conquistas e a expansão da Fé, dedicando quase ou nenhum tempo à governação do vasto império.
Manter algumas praças em Marrocos era apenas uma questão de prestígio e tradição, dada a ausência de interesses comerciais nessa época, mas isso pouco interessava ao jovem D. Sebastião. Tanto temerário como insensato, a sua grande ambição era conquistar Marrocos e iniciar uma nova cruzada contra os mouros do Norte de África.
Contra a opinião de Filipe II de Espanha, seu tio, começou a preparar uma expedição contra os marroquinos da cidade de Fez. O exército português desembarcou em Marrocos em 1578. Desprezando os conselhos dos seus generais, rumou imediatamente para o interior. Na consequente batalha de Alcácer-Quibir, os portugueses sofreram uma humilhante derrota e D. Sebastião acabou por morrer, não se sabe bem se durante a batalha ou se executado depois dela terminar. Este desastre teve graves consequências para Portugal e dos 17 000 efectivos do seu exército terão regressado menos de sessenta homens.
O seu sucessor Cardeal D. Henrique morreu sem deixar descendentes e, de 1580 a 1640, Portugal ficou sob o domínio espanhol.

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