EFEMÉRIDE – Patrice Émery Lumumba, líder africano independentista e, em 1960, Primeiro-ministro eleito da República Democrática do Congo (ex Congo Belga), morreu no Katanga, em 17 de Janeiro de 1961. Nascera em Onalaua, no dia 2 de Julho de 1925.
Frequentou uma escola de missionários e uma missão protestante dirigida por religiosos suecos. A Bélgica, então potência colonial, só proporcionava aos nativos um ensino rudimentar. Lumumba lia muitos livros, interessando-se sobretudo sobre a Revolução Francesa e a História do Haiti, dos Estados Unidos e da União Soviética. Foi empregado de escritório numa empresa mineira e posteriormente jornalista.
Em 1954, recebeu o seu cartão de “matriculado”, honra concedida apenas a cerca de 200 negros, entre os 13 milhões de habitantes da época. Compreendeu rapidamente que o seu país era um fornecedor importante de matérias-primas e que a potência colonial evitava que os nativos tomassem consciência das enormes potencialidades do Congo.
Em 1958, criou o Movimento Nacional Congolês e participou na Conferência Pan-africana de Accra. Lumumba foi preso, depois libertado e fez parte de reuniões organizadas pelas autoridades belgas, para discussão do futuro da colónia. Inesperadamente, em 1960, a Bélgica concedeu a independência ao Congo. O rei Balduíno da Bélgica disse então que «cabia aos congoleses mostrar que eram dignos da confiança neles depositada», ao que Patrice Lumumba respondeu, dizendo que a independência política não era o suficiente para libertar a África de seu passado colonial, era preciso também que ela deixasse de ser controlada economicamente pela Europa. Esta declaração alarmou as potências Ocidentais, cujas grandes empresas tinham importantes investimentos no Congo, que era um país rico em muitos minerais preciosos. Lumumba, não encontrando apoio no Ocidente nem da ONU quando da guerra civil no Katanga, viu-se obrigado a recorrer à União Soviética.
Soldados negros revoltaram-se e mataram oficiais brancos, o que levou á fuga da maioria dos quadros belgas. A Bélgica enviou tropas para proteger os seus nacionais, sobretudo na zona mineira do Katanga, apoiando a secessão desta porção de território, levada a cabo por Moïse Tshombé.
Cerca de dez semanas após a sua eleição, Lumumba foi deposto por um golpe de estado de Mobotu, detido e assassinado, com a conivência dos belgas, facto confirmado por documentos entrados entretanto no domínio público.
Lumumba foi homenageado após a sua morte por toda a comunidade dos países não alinhados e mesmo por Mobotu, um dos seus carrascos, que acabou por o consagrar herói nacional. O regresso ao Congo da sua esposa Pauline e dos seus cinco filhos, que se tinham exilado no Egipto, foi um acontecimento nacional. O dia da sua morte é actualmente feriado congolês.
O escritor Jean-Paul Sartre disse de Lumumba: Com a sua morte, desapareceu o Homem mas nasceu um símbolo de África.
Frequentou uma escola de missionários e uma missão protestante dirigida por religiosos suecos. A Bélgica, então potência colonial, só proporcionava aos nativos um ensino rudimentar. Lumumba lia muitos livros, interessando-se sobretudo sobre a Revolução Francesa e a História do Haiti, dos Estados Unidos e da União Soviética. Foi empregado de escritório numa empresa mineira e posteriormente jornalista.
Em 1954, recebeu o seu cartão de “matriculado”, honra concedida apenas a cerca de 200 negros, entre os 13 milhões de habitantes da época. Compreendeu rapidamente que o seu país era um fornecedor importante de matérias-primas e que a potência colonial evitava que os nativos tomassem consciência das enormes potencialidades do Congo.
Em 1958, criou o Movimento Nacional Congolês e participou na Conferência Pan-africana de Accra. Lumumba foi preso, depois libertado e fez parte de reuniões organizadas pelas autoridades belgas, para discussão do futuro da colónia. Inesperadamente, em 1960, a Bélgica concedeu a independência ao Congo. O rei Balduíno da Bélgica disse então que «cabia aos congoleses mostrar que eram dignos da confiança neles depositada», ao que Patrice Lumumba respondeu, dizendo que a independência política não era o suficiente para libertar a África de seu passado colonial, era preciso também que ela deixasse de ser controlada economicamente pela Europa. Esta declaração alarmou as potências Ocidentais, cujas grandes empresas tinham importantes investimentos no Congo, que era um país rico em muitos minerais preciosos. Lumumba, não encontrando apoio no Ocidente nem da ONU quando da guerra civil no Katanga, viu-se obrigado a recorrer à União Soviética.
Soldados negros revoltaram-se e mataram oficiais brancos, o que levou á fuga da maioria dos quadros belgas. A Bélgica enviou tropas para proteger os seus nacionais, sobretudo na zona mineira do Katanga, apoiando a secessão desta porção de território, levada a cabo por Moïse Tshombé.
Cerca de dez semanas após a sua eleição, Lumumba foi deposto por um golpe de estado de Mobotu, detido e assassinado, com a conivência dos belgas, facto confirmado por documentos entrados entretanto no domínio público.
Lumumba foi homenageado após a sua morte por toda a comunidade dos países não alinhados e mesmo por Mobotu, um dos seus carrascos, que acabou por o consagrar herói nacional. O regresso ao Congo da sua esposa Pauline e dos seus cinco filhos, que se tinham exilado no Egipto, foi um acontecimento nacional. O dia da sua morte é actualmente feriado congolês.
O escritor Jean-Paul Sartre disse de Lumumba: Com a sua morte, desapareceu o Homem mas nasceu um símbolo de África.
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