quarta-feira, 21 de abril de 2010

EFEMÉRIDEAnthony Quinn, de seu verdadeiro nome Antonio Rodolfo Oaxaca Quinn, notável actor norte-americano, nasceu em Chihuahua, no México, em 21 de Abril de 1915. Faleceu em Boston, no dia 3 de Junho de 2001.
Teve uma infância difícil mas feliz, em habitações pobres de Los Angeles, onde um estúpido acidente o obrigou a uma operação à língua. Recebeu lições de dicção de Katherine Hamill, que o iniciou nas artes dramáticas.
Pai de treze filhos, naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 1940. Antes de iniciar a sua carreira como actor, trabalhou como açougueiro e boxeur. Chegou também a estudar arquitectura.
Tomando gosto pela comédia, respondeu a um anúncio e entrou em vários filmes secundários. Em 1942 entrou para a Century Fox. Cansado de filmes de índios e de cowboys, tornou-se freelancer em 1945, não pertencendo a nenhum Estúdio mas aderindo a projectos mais ambiciosos.
A sua carreira intensificou-se e, juntamente com a família, instalou-se em Nova Iorque. Depois de várias peças teatrais na Broadway, o realizador Elia Kazan convidou-o para integrar o “Actors Studio”.
Após ter substituído Marlon Brando em “Um Eléctrico Chamado Desejo”, foi convidado para “Viva Zapata!” (1953), que constituiu um marco na sua brilhante carreira e lhe deu o primeiro Oscar. Passou a filmar uma média de seis filmes por ano, tornando-se uma vedeta internacional ao actuar igualmente na Europa, onde vários realizadores não hesitaram em lhe dar papéis principais.
Foi o vencedor do Oscar que mais filmes fez ao lado de outros vencedores de oscars: 46 no total, sendo 28 com actores e 18 com actrizes vencedoras do prémio. Possui uma estrela no Passeio da Fama no Hollywood Boulevard.
Anthony Quinn foi um actor com papéis muito diversificados, caracterizando-se por representar personalidades famosas, como Barrabás e o magnata grego Onassis. De entre outros gregos que interpretou, saliente-se o seu papel mais carismático: Zorba. Foi igualmente esquimó (“Sangue sobre a neve”, 1960) e toureiro (“Sangue e Areia”, 1941).
No filme “A Vigésima Quinta Hora”, que demonstra o absurdo das ideias nazis, fez o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano e revoltoso, mas que seria afinal o modelo perfeito da genética ariana. Ainda interpretou papéis de índio norte-americano, de um mexicano condenado ao linchamento (“Consciências Mortas”) e de um mafioso italiano. A sua versatilidade em cena e a sua extensa carreira fizeram dele um dos maiores actores do cinema mundial.
Foi nomeado várias vezes para o Oscar, recebendo dois: “Viva Zapata!” (1953) e “A vida apaixonante de Vincent van Gogh” (1956). Entre muitos outros galardões, ganhou o “Prémio Cecil B. DeMille” em 1987.
Depois de ter feito cerca de 250 filmes, abandonou o cinema para se dedicar à pintura e à escultura, participando em várias exposições. Publicou a sua autobiografia em 1972.

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