EFEMÉRIDE – António Lopes Ribeiro, cineasta português, nasceu em Lisboa no dia 16 de Abril de 1908, numa família que cedo lhe incutiu o gosto pela cultura. Faleceu na mesma cidade, em 14 de Abril de 1995.
Irmão do actor “Ribeirinho”, começou a dedicar-se à crítica cinematográfica desde os 17 anos de idade, nos jornais “Sempre Fixe” e “Diário de Lisboa”. Era uma estreia mundial, pois não havia nenhum jornal diário no mundo com uma página inteiramente dedicada ao cinema. Fundaria, mais tarde, diversas revistas dedicadas à “Sétima Arte”. Aos vinte anos estreou-se como realizador, com o documentário “Bailando ao Sol”.
Em 1929, visitou vários estúdios europeus, conhecendo em Moscovo dois dos maiores realizadores de todos os tempos: Serguei Eisenstein e Dziga Vertov. De regresso a Lisboa, voltou a colocar-se atrás das câmaras, desta vez para dirigir as cenas portuguesas de um filme alemão intitulado “A Menina Endiabrada”.
De 1940 a 1970, parte da sua obra cinematográfica foi dedicada a actos oficiais do Estado Novo, sendo por isso chamado o “cineasta do regime”.
António Lopes Ribeiro destacou-se também como produtor de cinema, jornalista desportivo, argumentista, profissional de televisão, da rádio e figura do teatro. Foi um cinéfilo dos pés à cabeça, passando por quase todos os sectores do cinema. Para ele, um filme não tinha segredos. Procurava fazer películas, que contassem histórias portuguesas. Sobre ele poderá dizer-se, no mínimo, que abriu uma janela ao cinema português. Foi director na Emissora Nacional e ali manteve um programa de jazz.
Produziu filmes como “Aniki-Bóbó” de Manoel de Oliveira e “O Pátio das Cantigas” realizado pelo seu irmão Francisco Ribeiro. Quase ao mesmo tempo, realizou “O Pai Tirano”, uma das melhores comédias alguma vez feitas em Portugal.
António Lopes Ribeiro gostava dos grandes clássicos da literatura portuguesa e adaptou alguns. O primeiro foi “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco, que teve grande sucesso. Em 1950 levou ao ecrã a obra de Almeida Garrett “Frei Luís de Sousa”. Na década de 1950, o cinema português entrou em crise, financeira e criativa. António Lopes Ribeiro apenas conseguiu fazer documentários. Só voltou a fazer uma longa-metragem passados dez anos, “O Primo Basílio”, adaptação do romance homónimo de Eça de Queirós. Foi um verdadeiro fracasso. Nunca mais voltou a fazer cinema.
Em 1957 começou a fazer televisão, apresentando o “Museu do Cinema”. Foi um êxito. A forma apaixonada como eram apresentados os filmes antigos cativou uma geração de jovens espectadores. Após o 25 de Abril de 1974, António Lopes Ribeiro teve de abandonar o programa. Foi o preço a pagar pelos filmes que realizara sobre o regime de Salazar. Regressou em 1982, para mais uma série do “Museu do Cinema”.
A sua obra durou até aos nossos dias. Os seus filmes podem estar ultrapassados, mas continuam a ter um encanto especial. Podemos agradecer portanto a este homem inteligente e culto algumas das mais belas imagens do cinema português.
Irmão do actor “Ribeirinho”, começou a dedicar-se à crítica cinematográfica desde os 17 anos de idade, nos jornais “Sempre Fixe” e “Diário de Lisboa”. Era uma estreia mundial, pois não havia nenhum jornal diário no mundo com uma página inteiramente dedicada ao cinema. Fundaria, mais tarde, diversas revistas dedicadas à “Sétima Arte”. Aos vinte anos estreou-se como realizador, com o documentário “Bailando ao Sol”.
Em 1929, visitou vários estúdios europeus, conhecendo em Moscovo dois dos maiores realizadores de todos os tempos: Serguei Eisenstein e Dziga Vertov. De regresso a Lisboa, voltou a colocar-se atrás das câmaras, desta vez para dirigir as cenas portuguesas de um filme alemão intitulado “A Menina Endiabrada”.
De 1940 a 1970, parte da sua obra cinematográfica foi dedicada a actos oficiais do Estado Novo, sendo por isso chamado o “cineasta do regime”.
António Lopes Ribeiro destacou-se também como produtor de cinema, jornalista desportivo, argumentista, profissional de televisão, da rádio e figura do teatro. Foi um cinéfilo dos pés à cabeça, passando por quase todos os sectores do cinema. Para ele, um filme não tinha segredos. Procurava fazer películas, que contassem histórias portuguesas. Sobre ele poderá dizer-se, no mínimo, que abriu uma janela ao cinema português. Foi director na Emissora Nacional e ali manteve um programa de jazz.
Produziu filmes como “Aniki-Bóbó” de Manoel de Oliveira e “O Pátio das Cantigas” realizado pelo seu irmão Francisco Ribeiro. Quase ao mesmo tempo, realizou “O Pai Tirano”, uma das melhores comédias alguma vez feitas em Portugal.
António Lopes Ribeiro gostava dos grandes clássicos da literatura portuguesa e adaptou alguns. O primeiro foi “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco, que teve grande sucesso. Em 1950 levou ao ecrã a obra de Almeida Garrett “Frei Luís de Sousa”. Na década de 1950, o cinema português entrou em crise, financeira e criativa. António Lopes Ribeiro apenas conseguiu fazer documentários. Só voltou a fazer uma longa-metragem passados dez anos, “O Primo Basílio”, adaptação do romance homónimo de Eça de Queirós. Foi um verdadeiro fracasso. Nunca mais voltou a fazer cinema.
Em 1957 começou a fazer televisão, apresentando o “Museu do Cinema”. Foi um êxito. A forma apaixonada como eram apresentados os filmes antigos cativou uma geração de jovens espectadores. Após o 25 de Abril de 1974, António Lopes Ribeiro teve de abandonar o programa. Foi o preço a pagar pelos filmes que realizara sobre o regime de Salazar. Regressou em 1982, para mais uma série do “Museu do Cinema”.
A sua obra durou até aos nossos dias. Os seus filmes podem estar ultrapassados, mas continuam a ter um encanto especial. Podemos agradecer portanto a este homem inteligente e culto algumas das mais belas imagens do cinema português.
Sem comentários:
Enviar um comentário