terça-feira, 20 de abril de 2010

EFEMÉRIDERosa Maria de Bettencourt Rodrigues Lobato de Faria, escritora e actriz portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 20 de Abril de 1932. Faleceu, também em Lisboa, no dia 2 de Fevereiro de 2010, vítima de uma anemia grave.
Filha de um oficial da Marinha, Rosa Lobato de Faria cresceu entre Lisboa e Alpalhão, no Alentejo.
Foi locutora na RTP na década de 1960. Enveredou pela representação ao participar, na televisão, em várias séries (1987 - “Cobardias”, 1988 - “A Mala de Cartão”, 1992 - “Crónica do Tempo”, 1992 - “Os Melhores Anos”), sitcoms (1987 - “Humor de Perdição”, 1990 - “Nem o Pai Morre Nem a Gente Almoça”, 2002 - “A Minha Sogra é uma Bruxa”, 2006 - “Aqui Não Há Quem Viva” e telenovelas (1982 - “Vila Faia”, 1983 - “Origens”, 2004 - “Só Gosto de Ti”, 2005 - “Ninguém como Tu”).
Assinou os argumentos de “Humor de Perdição” (1987), “Passerelle” (1988), “Pisca-Pisca” (1989), “Nem o Pai Morre Nem a Gente Almoça” (1990), “Telhados de Vidro” (1994) e “Tudo ao Molho e Fé em Deus” (1995).
Como romancista, publicou “O Pranto de Lúcifer” (1995), “Os Pássaros de Seda” (1996), “Os Três Casamentos de Camila” (1997), “Romance de Cordélia” (1998), “O Prenúncio das Águas” (1999), galardoado com o Prémio Máxima de Literatura em 2000, “A Trança de Inês” (2001), “O Sétimo Véu” (2003), “Os Linhos da Avó” (2004), “A Flor do Sal” (2005) e “Esquinas do Tempo” (2008). Em co-autoria, participou nos livros “Os Novos Mistérios da Estrada de Sintra” e “Código d'Avintes”. Tem livros seus traduzidos na Alemanha e em França. Publicou também vários contos infantis.
Na poesia, escreveu “A Gaveta de Baixo”, um longo poema inédito até 1999, acompanhado de aguarelas de Oliveira Tavares, estando o resto da sua obra reunida no volume “Poemas Escolhidos e Dispersos” (1997).
No teatro é autora das peças “A Hora do Gato”, “Sete Anos - Esquemas de um Casamento” e “A Severa”.
É a letrista que, a par de José Carlos Ary dos Santos, continua como a mais bem sucedida no Festival RTP da Canção, tendo obtido quatro vezes o primeiro lugar.
Experimentou o cinema, sob a direcção de João Botelho, em “Tráfico” (1998) e “A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos da América” (2003), de Lauro António, em “Paisagem Sem Barcos” (1983) e “O Vestido Cor de Fogo” (1986) e de Monique Rutler, em “Jogo de Mão” (1984).
Projectava publicar um novo romance em 2010. Não sendo uma feminista militante, tinha uma personalidade forte, tendo ajudado a alterar a imagem da mulher em Portugal nos últimos 50 anos.
Quando do seu falecimento, o Ministério da Cultura destacou, em comunicado, que Rosa Lobato Faria nos deixou um legado artístico que atesta bem a sua grande criatividade e extrema sensibilidade.

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...