EFEMÉRIDE – Cora Coralina, de seu verdadeiro nome Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, poetisa e contista brasileira, faleceu em Goiânia no dia 10 de Abril de 1985. Nascera na cidade de Goiás em 20 de Agosto de 1889.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos e alheia a estilos literários, produziu uma obra poética rica em temas do quotidiano do interior brasileiro, em particular das zonas históricas de Goiás.
Filha de um desembargador nomeado por D. Pedro II, nasceu e foi criada nas margens do rio Vermelho, numa casa comprada pela família no século XIX, quando o seu avô ainda era criança. Estima-se que essa casa tenha sido construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiás.
Começou a escrever os primeiros textos aos catorze anos, publicando-os nos jornais locais apesar da sua pouca escolaridade. Escreveu nessa fase o seu primeiro conto, “Tragédia na Roça”.
Casou-se em 1910 com um advogado, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Viveria neste Estado durante quarenta e cinco anos, mudando-se para a capital em 1924. Ali chegada, teve que permanecer algumas semanas trancada num hotel, uma vez que os revolucionários de 1924 tinham paralisado a cidade. Em 1930 assistiu à chegada de Getúlio Vargas.
Após a morte do marido, começou a vender livros. Posteriormente mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se depois para Andradina, até que, em 1956, voltou para Goiás.
Quando completou cinquenta anos de idade, a poetisa dizia estar a passar por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como “a perda do medo”. Nesta fase assumiu o pseudónimo que escolhera muitos anos atrás.
Os elementos folclóricos, que faziam parte do quotidiano de Cora Coralina, serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse dona de uma voz inigualável e a sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro Oeste brasileiro.
Cora nunca deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com o ambiente em que fora criada. Utilizando palavras poderosas, escrevia com simplicidade e o seu desconhecimento das regras gramaticais contribuiu para que a sua escrita desse prioridade ao conteúdo em detrimento da forma.
Chegou a gravar um LP declamando algumas das suas poesias, gravação que ainda hoje pode ser encontrado em formato CD.
Foi depois da sua poesia ser conhecida por Carlos Drummond de Andrade, que Cora Coralina passou a ser admirada por todo o Brasil.
O seu primeiro livro “Poemas dos Becos de Goiás” foi publicado pela Editora José Olympio em 1965, quando a poetisa já tinha 75 anos. Ali estão reunidos os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram numa das maiores poetisas de Língua Portuguesa do século XX.
Em 1976 escreveu “Meu Livro de Cordel” e em 1983 lançou “Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha”.
Cora Coralina foi eleita “Intelectual do Ano” e contemplada com o “Prémio Juca Pato” da União Brasileira dos Escritores em 1983, dois anos antes de falecer. A sua casa de Goiás está transformada num Museu, que homenageia a história e a obra da escritora.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos e alheia a estilos literários, produziu uma obra poética rica em temas do quotidiano do interior brasileiro, em particular das zonas históricas de Goiás.
Filha de um desembargador nomeado por D. Pedro II, nasceu e foi criada nas margens do rio Vermelho, numa casa comprada pela família no século XIX, quando o seu avô ainda era criança. Estima-se que essa casa tenha sido construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiás.
Começou a escrever os primeiros textos aos catorze anos, publicando-os nos jornais locais apesar da sua pouca escolaridade. Escreveu nessa fase o seu primeiro conto, “Tragédia na Roça”.
Casou-se em 1910 com um advogado, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Viveria neste Estado durante quarenta e cinco anos, mudando-se para a capital em 1924. Ali chegada, teve que permanecer algumas semanas trancada num hotel, uma vez que os revolucionários de 1924 tinham paralisado a cidade. Em 1930 assistiu à chegada de Getúlio Vargas.
Após a morte do marido, começou a vender livros. Posteriormente mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se depois para Andradina, até que, em 1956, voltou para Goiás.
Quando completou cinquenta anos de idade, a poetisa dizia estar a passar por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como “a perda do medo”. Nesta fase assumiu o pseudónimo que escolhera muitos anos atrás.
Os elementos folclóricos, que faziam parte do quotidiano de Cora Coralina, serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse dona de uma voz inigualável e a sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro Oeste brasileiro.
Cora nunca deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com o ambiente em que fora criada. Utilizando palavras poderosas, escrevia com simplicidade e o seu desconhecimento das regras gramaticais contribuiu para que a sua escrita desse prioridade ao conteúdo em detrimento da forma.
Chegou a gravar um LP declamando algumas das suas poesias, gravação que ainda hoje pode ser encontrado em formato CD.
Foi depois da sua poesia ser conhecida por Carlos Drummond de Andrade, que Cora Coralina passou a ser admirada por todo o Brasil.
O seu primeiro livro “Poemas dos Becos de Goiás” foi publicado pela Editora José Olympio em 1965, quando a poetisa já tinha 75 anos. Ali estão reunidos os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram numa das maiores poetisas de Língua Portuguesa do século XX.
Em 1976 escreveu “Meu Livro de Cordel” e em 1983 lançou “Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha”.
Cora Coralina foi eleita “Intelectual do Ano” e contemplada com o “Prémio Juca Pato” da União Brasileira dos Escritores em 1983, dois anos antes de falecer. A sua casa de Goiás está transformada num Museu, que homenageia a história e a obra da escritora.
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