quinta-feira, 17 de outubro de 2013

17 DE OUTUBRO - MONTGOMERY CLIFT



EFEMÉRIDE – Edward Montgomery Clift, actor norte-americano, nasceu em Omaha, Nebraska, no dia 17 de Outubro de 1920. Morreu em Nova Iorque, em 23 de Julho de 1966.
Começou a actuar na Broadway aos treze anos, tendo grande sucesso nos palcos. Ali representou durante uma década, antes de viajar para Hollywood, onde se estreou no cinema em “Rio Vermelho” (1948), ao lado de John Wayne e Walter Brennan. Tanto um como outro sentiram-se incomodados com a homossexualidade de Clift, mantendo-se o mais possível afastados dele. Pelo seu lado, Clift sentia-se ofendido pelas ideias ultraconservadoras daqueles actores.
Em 1958, recusou um papel em “Rio Bravo”, que o teria posto de novo a contracenar com Wayne e Brennan. O seu papel foi para Dean Martin. Ainda em 1948, foi nomeado para o Oscar de Melhor Actor pela sua interpretação em “Perdidos Na Tormenta”. Surgia um novo modelo de actor, sensível, emocional e com uma beleza melancólica.
A sua carreira foi repleta de êxitos, sendo nomeado várias vezes para os Oscars e convertendo-se num grande ídolo. As suas cenas de amor com Elizabeth Taylor, em “Um lugar ao sol” (1951), estabeleceram um novo padrão para o romance no cinema. Os seus papéis em “A Um Passo da Eternidade” (1953) e “Os Deuses Vencidos” (1958) são considerados os mais importantes da sua vida.
Em 1956, durante as filmagens de “A Árvore da Vida”, Clift foi embater num poste telefónico com o seu Chevrolet, ao sair embriagado de uma festa promovida por Elizabeth Taylor, uma das suas melhores amigas. As filmagens foram interrompidas até à sua recuperação. Ficou desfigurado e a cara, apesar de várias tentativas de cirurgia plástica, nunca voltou a ser a mesma. Este episódio marcou o começo de sua dependência de barbitúricos e drogas pesadas, seguindo um caminho de autodestruição que foi considerado o «suicídio mais longo da história de Hollywood».
Co-protagonizou “Os Desajustados”, em 1961, que foi o último filme feito por Marilyn Monroe e Clark Gable. Marilyn, que estava a ter problemas emocionais, descreveu Clift como «a única pessoa que conheço que está pior do que eu».
No filme “Julgamento em Nuremberga” (1961), em que também participavam Spencer Tracy, Marlene Dietrich, Burt Lancaster e Judy Garland, Clift teve uma actuação de apenas sete minutos.
A Universal despediu-o em 1962, durante a gravação de um filme, em virtude das suas frequentes ausências. O realizador Stanley Kramer escreveria nas suas memórias que Clift não conseguia recordar-se dos diálogos, acrescentando no entanto que «ele era um dos três ou quatro maiores actores da época».
Segundo alguns biógrafos, ele seria bissexual. A mãe de Clift, no entanto, «falava sem problemas da homossexualidade do filho, dizendo que ele se dera conta de ser homossexual muito cedo, talvez com doze ou treze anos».
Faleceu no seu apartamento de Nova Iorque, devido a um AVC e a complicações de saúde relacionadas com a sua dependência do álcool e das drogas. Tinha apenas 45 anos de idade.

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