EFEMÉRIDE
– Sara Montiel, de seu verdadeiro nome María Antonia Alejandra
Vicenta Elpidia Isidora Abad Fernández, actriz e cantora espanhola, nasceu em
Campo de Criptana no dia 10 de Março de 1928. Morreu em Madrid, em 8 de
Abril de 2013.
Nasceu
no seio de uma família humilde, que vivia da agricultura. Desde pequena,
destacou-se pela sua beleza e pelos seus dotes artísticos, os quais
impressionaram Vicente Casanova, um influente agricultor e que era igualmente
sócio de uma companhia de publicidade. Foi ele que providenciou para que ela
recebesse um ensino básico de declamação e canto.
O
seu primeiro filme foi “Te quiero para mi” em que foi actriz secundária,
aparecendo no elenco com o nome María Alejandra. Só a partir de “Empezó en boda”,
começou a usar o nome artístico porque ficaria conhecida. O seu primeiro papel
mais importante aconteceu em “Locura de amor”, a que se seguiram muitos
outros. A sua beleza e talento permitiram que ela conseguisse grandes sucessos,
mas o cinema espanhol da época era pequeno demais para uma estrela da sua
grandeza e ela foi tentar a sorte fora do país, no México e nos Estados Unidos.
Filmou mais de uma dezena de produções, destacando-se “Cárcel de mujeres”,
“Piel Canela”, “Furia Salvaje” e “Se solicitan modelos”,
entre outras.
Chegou
a Hollywood em 1954. A
sua primeira interpretação foi pelas mãos do mítico Gary Cooper, em “Veracruz”
de Robert Aldrich, junto a intérpretes importantes da época como Burt Lancaster
e um jovem chamado Charles Bronson. Conseguiu índices de popularidade que
jamais tinham sido atingidos por uma artista espanhola. Seguiu-se “Serenade”,
ao lado de Joan Fontaine e do tenor Mario Lanza. Durante as filmagens, conheceu
aquele que foi o seu primeiro marido – Antony Mann.
Sara
Montiel, conhecida na Península Ibérica como Sarita Montiel, teve destaque em
Hollywood e manteve amizade com personalidades muito importantes do cinema,
como Marlon Brando, James Dean ou a filha de Alfred Hitchcock. Uma fotografia
que Sara fez com Dean é a última que se conhece do conhecido actor norte-americano. Foi com esta
foto que foi anunciada a morte de James Dean, vítima de acidente automóvel.
Ainda
que tivesse projectos para realizar outros filmes, um deles com Paul Newman, o
destino deu outro rumo à sua carreira e ela deixou Hollywood. Regressada a
Espanha, protagonizou mais filmes, que foram outros tantos êxitos e recordes de
bilheteira. Assinou depois um contrato milionário para fazer filmes de produção
europeia (hispano – franco – italiana), que fizeram dela a maior actriz de língua
espanhola dos anos 1950/60. Depois de “El ultimo cuplé”,
seguiram-se “La Violetera ”,
“Mi último tango”, “La bella Lola”, “Noches de Casablanca”
e muitos outros.
Como
cantora, conseguiu também grandes sucessos, com a sua insinuante forma de
cantar. O seu estilo pessoal era inconfundível. Boleros como “Besame Mucho”
deram a volta ao mundo com a sua voz.
O
seu último filme, “Cinco almohadas para una noche”, não conseguiu o
sucesso das anteriores. Sara Montiel decidiu então entregar-se por inteiro ao
teatro e a espectáculos musicais. Os sucessos voltaram.
Na
televisão, protagonizou dois programas, “Sara y punto” e “Vem al
paralelo”, sendo então considerada a indiscutível rainha do espectáculo de
Barcelona e da TVE-2.
Viveu
importantes relações amorosas e teve vários casamentos : com Anthony Mann,
realizador de cinema norte-americano; com o industrial Vicente Ramírez Olha ; e
com o «homem da sua vida», o empresário e jornalista Pepe Tous, de quem
enviuvou. Sara ficou sozinha, cuidando dos dois filhos que ambos tinham
adoptado.
Outros
homens importantes na sua vida foram Ernest Hemingway e James Dean, com quem –
dizem – viveu também um romance. Inclusivamente, teria estado a ponto de viajar
com o actor, no dia em que ele sofreu o acidente que lhe tirou a vida. Teve uma
relação íntima com Gary Cooper, com o qual manteve a amizade até à morte dele.
Escreveu
e publicou a sua autobiografia. Adulada no mundo inteiro, Sarita Montiel foi
uma lenda viva do cinema e da canção.
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