EFEMÉRIDE
– Pierre Moinot, alto funcionário, escritor e académico francês, nasceu em Fressines,
Poitou, em 29 de Março de 1920. Morreu em Paris no dia 6 de Março de 2007. Recebeu
o Prémio Femina em 1979, com o romance “Le Guetteur d'ombres”, e
foi eleito membro da Académie française em 1982.
Nascido
e criado em Poitou, esta região viria a ser tema de inspiração para muitas das
suas obras. Fez os estudos secundários em Niort, Ajaccio e Périgueux.
Foi
mobilizado para a Segunda Guerra Mundial e chegou a ser feito
prisioneiro, tendo conseguido evadir-se. Participou na Resistência, em
Grenoble, e partiu para Marrocos a fim de participar na campanha de Itália e no
desembarque na Provença em 1944. Recebeu a Grande Cruz da Legião de Honra
a título militar.
Detentor
de um diploma de estudos superiores obtido em Grenoble em 1942, ingressou no Tribunal
de Contas, como auditor, em 1946.
Em
1959, foi conselheiro do gabinete do ministro da Cultura André Malraux,
dedicando-se mais particularmente ao teatro e ao cinema. Pediu a demissão em
1962, em virtude dos diminutos créditos concedidos à política cultural. Voltou
em 1966, a
pedido de Malraux, para ser director das Artes e das Letras. Representou
igualmente o Estado em diversas instâncias francesas e internacionais.
Em 1969,
participou na Comissão de reforma do estatuto da ORTF, da qual seria
administrador até 1972. Como presidente da Comissão de orientação e de
reflexão sobre o audiovisual (1981), ficou a dever-se a ele a ideia de
criar a Alta Autoridade da comunicação audiovisual.
Foi
também membro do Comité executivo da Amnesty International em França
(até 1977), do Conselho da ordem da Legião de Honra (1989) e presidente
do Conselho da Ordem das Artes e das Letras (até 1995).
Tornou-se
procurador-geral junto do Tribunal de Contas em 1983, tendo-se reformado
em 1986.
Paralelamente
ao seu brilhante percurso de homem público, foi autor de uma obra literária
exigente, marcada por um estilo clássico rigoroso.
Em 1947, publicou a novela “La nuit et
le Moment” na revista “Les Temps modernes”. Enviou-a ao
também escritor Albert Camus, que o apoiou junto dos editores parisienses Desde
logo, publicou algumas novelas na prestigiosa editora Gallimard e, em
1952, deu à estampa o seu primeiro romance, “Armes et bagages”. Dois
anos depois, obteve o Grande Prémio do Romance da Académie française
com “La Chasse royale”.
Seguiram-se
outros romances, alguns deles premiados. Escreveu igualmente para Teatro (“Héliogabale”,
1971) e Televisão (“Mazarin”, 1978; “Jeanne d'Arc”, 1988; e “Laïque”,
1998).
Como
repórter, fez a descida do Níger em 1956, que o inspirou para “La descente
du fleuve”, livro publicado em 1991.
Sem comentários:
Enviar um comentário