EFEMÉRIDE
– Maria Laura de Soveral Rodrigues, actriz portuguesa, nasceu
em Benguela, Angola, no dia 23 de Março de 1933. Com inúmeros trabalhos no
teatro, foi igualmente reconhecida pela sua actividade no cinema, salientando-se
o filme “Uma Abelha na Chuva” de Fernando Lopes (1972).
Educadora
de infância em Benguela, enveredou pela representação quando se fixou em Lisboa. Foi na Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa, onde frequentou o curso de Filologia
Germânica, que se começou a interessar pelo teatro. Estreou-se em 1964, no Grupo
Fernando Pessoa, dirigido por João d'Ávila. Inscreveu-se, entretanto, na Escola
de Teatro do Conservatório Nacional.
Em
1968, recebeu o Prémio de Melhor Actriz de Cinema, atribuído pelo SNI
e pela Casa da Imprensa. Simultaneamente, na televisão, ia sendo chamada
para fazer teatro ou para declamar poesia no programa “Hospital das Letras”
de David Mourão-Ferreira.
A temporada
teatral de 1970/1971 foi a sua época mais importante, fazendo “O Processo”
de Kafka e “Depois da Queda” de Arthur Miller.
Esteve
um período da sua vida no Brasil, onde – em 1976 – actuou nas telenovelas “O
Casarão” (exibida também em Portugal) e “Duas Vidas”, ambas da Rede
Globo.
Representou
textos de Fernando Pessoa, José Saramago, Almada Negreiros, Molière e Kafka,
entre outros autores. Esteve em cena no Teatro D. Maria II, Teatro
São Luíz, Teatro da Cornucópia, Teatro da Comuna, Teatro
Aberto, Teatro Sá da Bandeira (Porto), Teatro Maria Matos e Teatro
Villaret, onde trabalhou com Carlos Avillez, João d’Ávila, Norberto
Barroca, Maria do Céu Guerra, Diogo Infante e muitas outras personalidades notáveis
do teatro.
A
sua longa experiência cinematográfica passou ainda por filmes como “Vale
Abraão”, “A Divina Comédia” e “Francisca” de Manoel de
Oliveira, “O Fatalista” e “Tráfico” de João Botelho e “O
Delfim” de Fernando Lopes, entre muitos outros.
Pontualmente,
continuou a aparecer na televisão. Integrou o elenco da novela “Tempo de
Viver” (2006). Mais recentemente, em 2014, trabalhou de novo com João Botelho
no filme “Os Maias”.
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