EFEMÉRIDE
– Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço, escritora e
declamadora portuguesa, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga
e conferencista, morreu em Lisboa no dia 22 de Março de 1945. Nascera na
mesma cidade em 8 de Julho de 1880. Era filha da poetisa inglesa Ann Charlotte
Syder e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Apenas com 18 anos, casou
com Jorge Rey Colaço, pintor e ceramista de renome, tendo assinado todas as suas
obras como Branca de Gonta Colaço.
Nascida
numa das famílias mais ligadas à actividade intelectual da época, conviveu na
sua juventude com nomes de relevo das letras e das artes portuguesas.
Revelando
desde bastante cedo o seu talento para as letras, iniciou-se como poetisa e
como colaboradora de publicações literárias, contribuindo activamente para um
grande número de jornais e revistas. Deixou colaboração dispersa por múltiplos
periódicos, com destaque para os jornais “O Dia” e “O Talassa”,
uma publicação humorístico que foi dirigida pelo marido. Também se encontra
colaboração de sua autoria nas revistas “Serões”, “Illustração
portugueza” e “Ilustração”.
Por sua
iniciativa, a Academia das Ciências de Lisboa promoveu, em 1918,
uma homenagem a Maria Amália Vaz de Carvalho. Nessa ocasião, distinguiu-se
também como conferencista e declamadora.
Escrevia
fluentemente em inglês, sendo-lhe devidas traduções de grande mérito.
A
sua obra multifacetada abrange géneros tão diversos como a poesia, o drama e as
memórias, tende feito um valioso retrato das elites sociais e intelectuais
portuguesas do seu tempo, com as quais conviveu e de que fez parte. Era
reconhecida não só em Portugal mas também no Brasil, em França e em Espanha. Foi
distinguida por várias sociedades científicas e literárias portuguesas e
estrangeiras. O Estado português agraciou-a com a Ordem de Santiago da
Espada. Em Lisboa e na localidade de Parada de Gonta, existem ruas com o
seu nome.
Deixou
um importante legado literário, em boa parte disperso pela imprensa, sendo
autora de cerca de vinte obras, uma delas publicada a título póstumo no ano da
sua morte (“Abençoada a Hora em
que Nasci ”).
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