domingo, 10 de maio de 2015

10 DE MAIO - BERNARDO SASSETTI

EFEMÉRIDEBernardo da Costa Sassetti Pais, compositor e pianista português, morreu na Praia do Abano, Cascais, em 10 de Maio de 2012. Nascera em Lisboa no dia 24 de Junho de 1970.
A mãe era de origem italiana e o pai era neto paterno de Sidónio Pais, sobrinho materno de Luís de Freitas Branco e Pedro de Freitas Branco e primo irmão de João de Freitas Branco.
Iniciou os estudos de piano clássico aos nove anos de idade e, mais tarde, frequentou a Academia dos Amadores de Música. Dedicou-se ao jazz. Em 1987, começou a sua carreira profissional, em concertos e clubes locais. Com o quarteto de Carlos Martins e o Moreiras Jazztet, participou em inúmeros festivais com músicos estrangeiros de renome. Nos primeiros quinze anos de carreira, apresentou-se por todo o mundo ao lado de Art Farmer, Kenny Wheeler, Freddie Hubbard, Paquito D'Rivera, Benny Golson, Curtis Fuller, Eddie Henderson, Charles McPherson, Steve Nelson, integrado na United Nations Orchestra e no quinteto de Guy Barker com o qual gravou o CD “Into the blue”, nomeado para os Mercury Awards 95 – Ten álbuns of the year.
Em Novembro de 1997, também com Guy Barker, gravou “What Love is”, acompanhado pela Orquestra Filarmónica de Londres e tendo como convidado especial o cantor Sting.
Como compositor, destacam-se as suites “Ecos de África”, “Sons do Brasil”, “Mundos”, “Fragments (Of Cinematic Illusion)”, “Entropé” (para piano e orquestra) e “4 Movimentos Soltos” (para piano, vibrafone, marimba e orquestra).
O seu primeiro trabalho discográfico como líder, “Salsetti”, foi gravado em Abril de 1994 com a participação de Paquito D'Rivera, e o segundo, “Mundos”, em Janeiro de 1996. “Nocturno”, lançado em 2002, foi distinguido com o 1.º Prémio Carlos Paredes.
Em Janeiro de 2006, foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Era casado com a actriz Beatriz Batarda com quem teve duas filhas.
Faleceu após ter caído de cerca de 20 metros numa falésia do Guincho, onde estava a tirar fotografias. A Capitania do Porto de Cascais recebeu uma chamada para socorrer «um indivíduo caído numas pedras a norte da Praia do Abano».
Dedicava-se regularmente à música para cinema, tendo realizado vários e importantes trabalhos, de entre os quais se destaca a sua participação no filme do realizador Anthony Minguella “O Talentoso Mr. Ripley”. Para este projecto, gravou “My Funny Valentine”, entre outros temas. Compôs igualmente, em parceria com o trompetista Guy Barker, uma série de temas para serem apresentados na estreia deste filme, realizada em Los Angeles, Nova Iorque, Chicago, Berlim, Paris Londres e Roma.
Como concertista, apresentou-se em piano a solo, em trio com Carlos Barreto e Alexandre Frazão ou em duo com o pianista Mário Laginha, com quem gravou os CDS “Mário Laginha/Bernardo Sassetti” e “Grândolas”, uma homenagem a Zeca Afonso e aos 30 anos do 25 de Abril.
Dos discos gravados (como solista, acompanhador e compositor), podem destacar-se os seguintes: com a Orquestra Cubana Sierra Maestra – “Dundumbanza” e “Tibiri tabara”; com Carlos Barreto – “Impressões” e “Olhar”; com Luís Represas – “Cumplicidades”; e com Carlos do Carmo “Ao vivo no Coliseu”, entre muitos outros.

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