EFEMÉRIDE
– Martine Carol, de seu verdadeiro nome Marie-Louise Mourer, actriz
francesa, nasceu em Saint-Mandé (Val-de-Marne) no dia 16 de Maio de 1920. Morreu
em Monte Carlo
(Mónaco), em 6 de Fevereiro de 1967. Seguiu cursos de representação ministrados
por Robert Manuel e por René Simon.
Começou
a sua carreira em 1940, com a peça “Phèdre”, utilizando o nome artístico
Maryse Arley. No início da ocupação alemã, como muitos outros actores
franceses, entrou em vários filmes financiados pela empresa alemã Continental,
dirigida por Alfred Greven.
Em 1941, figurou em “Le Dernier des six” e em “Les Inconnus dans la maison”. Em
1942, protagonizou um filme de sketches, abertamente anti-semita e anti-americano,
intitulado “Les Corrupteurs”.
Descoberta
por Henri-Georges Clouzot, figurou em “Le Chat”, adaptação de uma novela
de Colette, filme que nunca chegou a ser distribuído. Em 1943, entrou em “La Ferme aux loups”,
contracenando com Paul Meurisse e François Périer. Este último aconselhou-a nessa
ocasião a mudar de pseudónimo e ela escolheu então “Martine Carol”.
Em
1947, quando o comediante Georges Marchal, seu primeiro amor, a trocou por Dany
Robin, atirou-se ao rio Sena, depois de ter ingerido álcool e barbitúricos. Um
motorista de táxi salvou-a do afogamento. No final deste mesmo ano, subiu de
novo ao palco para representar “La
Route du tabac”, no Teatro da Renascença,
ao lado de Marcel Mouloudji. Passou a aparecer regularmente no cinema,
nomeadamente em “Miroir” com Jean Gabin (1947), “Les Amants de Vérone”
com Pierre Brasseur (1948) e “Je n’aime que toi” com o cantor Luís
Mariano (1949).
Em
1954, casou-se com o cenarista Christian-Jaque, que lhe reservou papéis à
altura do sex-symbol típico dos anos 1950 em que ela se
tinha tornado. Trabalhou com muitos realizadores de renome, como Sacha Guitry,
René Clair, Terence Young, Vittorio De Sica, etc. Contracenou com Gérard
Philipe, Raf Vallone, Charles Boyer ou ainda Vittorio Gassman.
A
partir de 1956, a
sua estrela começou a empalidecer à medida que começava a resplandecer a de
Brigitte Bardot, que viria a ter nos anos 1960 o esplendor que Martine
Carol tivera nos anos 1950.
O
cinema tradicional, que fizera a glória de Martine, começava a ser varrido pela
Nova Vaga. Mergulhou numa depressão, consumindo muitos medicamentos e fazendo
curas de emagrecimento. Após uma interrupção de quatro anos na sua carreira e
novo casamento com um homem de negócios britânico, desempenhou o seu derradeiro
papel em 1966 (“Jugement à Prague”). Pouco tempo depois, era encontrada
morta num hotel em Monte
Carlo , vítima de crise cardíaca. Falou-se num possível
suicídio, mas nada ficou provado.
Martine
Carol, ao longo da sua vida artística, protagonizou mais de cinquenta filmes,
ficando ligada para sempre à história do cinema francês.
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