EFEMÉRIDE
– Edoardo Sanguineti, poeta, dramaturgo, ensaísta, professor e crítico
literário, morreu em Génova no dia 18 de Ma1o de 2010. Nascera na mesma
cidade em 9 de Dezembro de 1930. Foi um dos principais teóricos do Grupo 63
e ensinou Literatura nas Universidades de Turim, Salerno e
Génova.
A
família fixou-se em Turim, quando Edoardo tinha quatro anos. Era ainda criança
quando, numa consulta de rotina, lhe foi diagnosticada uma doença cardíaca
grave. Mais tarde, o diagnóstico foi considerado errado, mas o episódio
condicionou durante muito tempo o seu estilo de vida.
Um
tio que se dedicava à música e vivia também em Turim foi a primeira pessoa influente
na sua formação. Em Bordighera, localidade onde passava as férias de Verão,
relacionou-se com um primo que lhe transmitiu também a paixão pelo jazz.
Ao
consultar um médico durante uma crise de tosse convulsa, este veio a descobrir
o falso diagnóstico quanto ao coração. Considerado são, foi aconselhado a fazer
exercício físico intenso para desenvolver a sua massa muscular, que entretanto
tinha definhado. Ginástica, ciclismo e ténis foram, a partir daí, os desportos
que praticou com assiduidade.
Em
1946, inscreveu-se no Liceu Clássico de Azeglio, começando muito cedo a frequentar
os meios culturais de Turim, a visitar exposições diversas, a assistir a concertos
e a conviver com figuras notáveis da cidade.
Em
1951, começou a escrever um livro a que daria o título de “Laborintus” e
que mostraria somente a um número restrito de leitores, quatro nem mais. Em
1954, no seguimento de uma crítica inserida no magazine “Galleria de
l'Antologia critica del Novecento”, conheceu o editor Luciano Anceschi que
decidiu, em boa hora, publicar aquele seu primeiro livro.
Em
1956, depois de se ter licenciado na Faculdade de Letras da Universidade de
Turim, fez o respectivo mestrado. Nos anos 1960, encontrou-se à
frente da neo-vanguarda italiana, o Grupo 63. Em 1971, viveu seis meses
em Berlim, voltando a Itália para exercer a profissão de professor. Começou a colaborar
igualmente nos periódicos “Paesa Sera” (1974), “Il Giorno” (1975)
e “Unità” (1976).
Entrei
1976 e 1981, iniciou-se na política, sendo conselheiro municipal de Génova e
membro da Câmara, eleito como independente nas listas do Partido Comunista
Italiano. Entre 1981 e 1983, dirigiu a prestigiosa revista “Cervo
Volante”.
Em
1990, fundou – juntamente com Nadia Cavalera – a revista internacional “Bollettario.
Quadrimestrale di scrittura e critica”, que dirigiu até à sua morte. Faleceu
na sala de operações do hospital para onde havia sido transportado de urgência,
vítima de um aneurisma.
Legou
para a posteridade uma prolífica obra: 43 livros de/ou sobre Poesia; 21
livros de Teatro ou sobre Teatro e Música; e 19 Ensaios
e Estudes. Traduziu vários autores estrangeiros, como Joyce, Eurípedes, Séneca,
Petrónio, Eschilo, Sofocle, Shakespeare, Molière, Aristófanes, Brecht e Corneille.
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