EFEMÉRIDE
– El Cordobés, de seu verdadeiro nome Manuel Benítez Pérez, toureiro
espanhol, um dos mais célebres do século XX, nasceu em Palma del Rio, província
de Córdoba, no dia 4 de Maio de 1936.
É
também um dos mais célebres espontâneos de todos os tempos. Com efeito,
em 28 de Abril de 1957, entrou numa arena e fez alguns belos passes, antes de
ser detido pela polícia. Esta proeza figura na memória dos aficionados, mas a
sua verdadeira carreira só começou em 1963, ano em que recebeu a alternativa,
apadrinhado por Antonio Bienvenida.
El
Cordobés, que tinha uma origem muito modesta, filho de um operário republicano
que morreu na prisão, no seguimento da Guerra Civil de Espanha, é sem
dúvida um dos maiores mitos dos anos 1960 e um dos primeiros toureiros a
ser conhecido a nível internacional. Num guia para uso dos seus leitores que
viajavam pela Europa, o magazine americano “Life” dava o seguinte
conselho no que respeitava a touradas : «Se no cartaz estiver escrito
“El Cordobés”, não deixe de o ver.».
O
seu estilo particularmente heterodoxo e espectacular entusiasmava o público. Ele
declarou um dia. «Eu não toureio, eu faço “coisas” com o touro». Entre
essas coisas, uma vez – em Jaén – pôs-se a cavalo no dorso do toro. Por vezes,
socava-os, como se fosse um combate de boxe. Na “coisa” mais frequente, “o
salto da rã”: punha-se de joelhos em frente do touro, mostrava-lhe a muleta
por um lado e depois saltava, voltando-se durante o salto, e apresentava-lhe a
muleta do outro lado. Este seu estilo, estes “extras”, escandalizavam – bem
entendido – os aficionados mais clássicos que, no entanto, não deixavam de ir
às suas corridas. Um deles, durante uma faena, fez mesmo alusão a um
filme em que o toureiro entrara recentemente (“Aprender a Morrer”),
gritando-lhe: «Manolo, em vez de aprenderes a morrer, farias bem melhor em
aprender a tourear!».
Foi
considerado cabeça de cartaz em 1965, 1967, 1970 e 1971, ano em que se retirou.
Voltou ainda às arenas de 1979
a 1981, reaparecendo em mais duas corridas em 2000. Foi
o adeus final.
Em
2002, o Concelho Municipal de Córdoba proclamou-o “5º Califa de
Córdoba”. Ele vinha assim juntar-se a outros 4 toureiros célebres daquela
região: Rafael Molina “Lagartijo”, Rafael Guerra “Guerrita”,
Rafael González “Machaquito” e Manuel Rodríguez “Manolete”.
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