terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

18 DE FEVEREIRO - NELSON CAVAQUINHO


EFEMÉRIDE - Nelson Cavaquinho, de seu verdadeiro nome Nelson António da Silva, músico brasileiro, morreu no Rio de Janeiro em 18 de Fevereiro de 1986. Nascera na mesma cidade em 29 de Outubro de 1911. 
Sambista carioca, compositor e cavaquista na juventude, na maturidade optou pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de o tocar, utilizando apenas dois dedos da mão direita. 
O seu envolvimento com a música iniciou-se no seio da família. O pai era músico na banda da Polícia Militar e um tio tocava violino. Depois, morando na Gávea, passou a frequentar as rodas de choro. Foi nessa época que surgiu a alcunha que o acompanharia por toda a vida. 
Casou-se por volta dos seus 19/20 anos com Alice Ferreira Neves, com quem teve quatro filhos e, na mesma época, conseguiu, graças ao pai, um trabalho na polícia, fazendo rondas nocturnas a cavalo. E foi assim, durante as rondas, que conheceu e passou a frequentar o morro da Mangueira, onde conheceu sambistas como Cartola e Carlos Cachaça.
Deixou mais de quatrocentas composições, entre elas clássicos como “A Flor e o Espinho” e “Folhas Secas”, ambas em parceria com Guilherme de Brito, seu parceiro mais frequente. 
Por falta de dinheiro, depois de deixar a polícia, Nelson “vendia” eventualmente parcerias de sambas, que compunha sozinho, o que fez com que Cartola optasse por abandonar a parceria e manter a amizade. 
A sua primeira canção gravada foi “Não Faça Vontade a Ela”, em 1939, por Alcides Gerardi, mas não teve muita repercussão. Anos mais tarde, foi descoberto por Cyro Monteiro, que fez várias gravações das suas músicas. Começou a apresentar-se em público apenas na década de 1960, no Zicartola, bar de Cartola e de Dona Zica, no centro do Rio. Em 1970, lançou o seu primeiro LP, “Depoimento de Poeta”, pela gravadora Castelinho.
As suas canções eram feitas com extrema simplicidade e com letras quase sempre remetendo para questões como o violão, mulheres, botequins e, principalmente, a morte, como em “Rugas”, “Quando Eu me Chamar Saudade”, “Luto”, “Eu e as Flores” e “Juízo Final”. 
Com mais de 50 anos de idade, conheceria Durvalina, trinta anos mais nova do que ele e sua companheira para o resto da vida. Nelson faleceu numa madrugada, aos 74 anos, vítima de enfisema pulmonar. 
No Carnaval de 2011, a escola de samba G. R. E. S. - Estação Primeira de Mangueira homenageou Nelson Cavaquinho pelo centenário do seu nascimento. “O Filho Fiel, Sempre Mangueira” foi o nome do enredo que a agremiação levou para a avenida. O músico era torcedor desta escola de samba carioca.

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