domingo, 23 de fevereiro de 2020

23 DE FEVEREIRO - KATIA GUERREIRO


EFEMÉRIDE - Katia Duarte d’Almeida d’Oliveira Rosado Guerreiro, fadista e médica oftalmologista portuguesa, nasceu em Vanderbijlpark, na África do Sul, em 23 de Fevereiro de 1976.
Divide a sua vida entre as paixões pela música e pela medicina. É uma das mais internacionais fadistas portuguesas. O seu fado caracteriza-se por uma grande riqueza lírica, cantando escritores portugueses contemporâneos, com destaque para António Lobo Antunes. 
Teve um percurso geograficamente atribulado. Nasceu na África do Sul e cresceu nos Açores, onde frequentou um rancho folclórico. Estudou e licenciou-se em Lisboa, em Medicina. Nos anos 1990, foi vocalista com o grupo Os Charruas. Trabalhou no Hospital Distrital de Évora e, mais tarde, regressou à capital. 
Foi durante o curso que descobriu a sua veia fadista, em convívio com colegas e, de forma um pouco mais consistente, em concertos, após o desafio feito pela parelha de guitarristas formada por Paulo Parreira e João Veiga. 
Com a mesma dupla e o viola-baixo Armando Figueiredo, e apadrinhada pelo fadista João Braga, estreou-se em 2001 com o disco “Fado Maior”. O álbum, editado pela Ocarina, conheceu grande sucesso internacional, tendo sido editado no Japão e na Coreia do Sul. Entre outros temas, inclui fados popularizados por Amália Rodrigues, a sua maior influência, e poemas musicados de Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen e António Lobo Antunes. 
Em 2003, também pela Ocarina, lançou o álbum “Nas Mãos do Fado”. O título é uma referência à mais característica das suas poses em palco: as mãos agarradas atrás das costas. Volta a cantar António Lobo Antunes e, pela primeira vez, visitou a outra das suas grandes referências, Dulce Pontes. 
A presença de Dulce Pontes acentua-se no álbum seguinte, “Tudo ou Nada” de 2005, em que esta escreveu propositadamente o tema “Caravela”. Com edição da Som Livre, é o mais ousado dos discos de Katia Guerreiro até então, contando com uma versão de “Saudades do Brasil em Portugal”, do brasileiro Vinícius de Morais, e de “Menina do Alto da Serra”, versão do tema com que Tonicha venceu o Festival RTP da Canção de 1971. O disco conta ainda com a participação do pianista de jazz Bernardo Sassetti, no tema, “Minha Senhora das Dores” com letra de Jorge Rosa e música de Paulo Valentim. Mais uma vez, cantou António Lobo Antunes e homenageou a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen. 
Em 2006, foi editada uma ‘caixa’ com os seus primeiros dois discos e o álbum “Tudo Ou Nada” foi reeditado, destacando-se a colaboração do brasileiro Ney Matogrosso. 
Em 2008, lançou pela Sony Music o álbum “Fado Maior”, estreando-se como autora, ao lado de Rui Veloso. 
Em 2010, fez uma participação especial, no primeiro álbum a solo, “Karma Train” do guitarrista António Mão de Ferro.
Katia Guerreiro recebeu em 2010 o prémio de Melhor Intérprete nos Prémios Amália 2010 da Fundação Amália Rodrigues. O galardão foi entregue numa gala realizada em Novembro, no Coliseu dos Recreios, Lisboa. 
Katia Guerreiro já deu concertos por todo o mundo, em locais tão diversos como Japão, Marrocos, Turquia, França, Países Baixos, Nova Caledónia, Suécia, Brasil, Bulgária, Macau, Rússia e Espanha. Em Janeiro de 2015, foi feita comendadora da Ordem do Infante D. Henrique.

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