Era filho de um latoeiro e
cinzelador e de uma bordadeira premiada pela Associação Industrial do Porto.
Em 1865, aos 15 anos,
matriculou-se na Academia Portuense de Belas Artes, instituição onde
frequentou vários cursos, sempre com excelente aproveitamento (obteve dezoito
valores em Escultura e Pintura Histórica e vinte em Arquitectura)
e foi discípulo dos pintores João Correia e Tadeu de Almeida Furtado. Em 1869,
participou na X Exposição Trienal da Academia Portuense de Belas
Artes.
Estagiou em Paris (1876/1877) e
em Itália (1879). Em 1879, regressou a Portugal. Aureolado de prestígio, foi
convidado para ensinar na Academia de Lisboa, como mestre de Paisagem.
Em 1880, realizou uma exposição
de quadros paisagísticos inundados de luz, tendo o rei D. Fernando adquirido o
quadro “Charneca de Belas”. Fez parte do chamado Grupo do Leão,
juntamente com António Ramalho, João Vaz, José Malhoa, Cesário Verde, Columbano
e Rafael Bordalo Pinheiro. Entre outros galardões, recebeu a medalha de ouro
da Exposição Industrial Portuguesa de 1884 e a primeira medalha do
Grémio Artístico.
A sua pintura, cheia de luz e
cor, é sobretudo inspirada na própria Natureza. É tido como um dos fundadores
do naturalismo em Portugal. Encontra-se largamente representado no
Museu do Chiado, em Lisboa, e no Museu Nacional de Soares dos Reis
no Porto.
Existe uma rua em sua honra, com
o seu nome, na freguesia de Paranhos, no Porto, e o Parque Silva Porto
na freguesia de Benfica, em Lisboa.
Faleceu aos 42 anos, vítima de
tiflite, estrando sepultado no Alto de São João. Era casado com Adelaide
Torres Pereira (1863/1914), tendo deixado três filhos menores.
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