Joana é filha de pais portugueses
emigrados em França. O pai era fotógrafo, a mãe estudou na Fundação Ricardo
Espírito Santo Silva e a avó era pintora. Com 3 anos, regressou com a
família a Portugal.
Estudou no Liceu Francês
de Lisboa, ingressando depois na Escola António Arroio e, posteriormente,
na Ar.Co, onde estudou Artes. Nesta escola, foi apoiada por
Delfim Sardo e Castro Caldas.
Representou Portugal na Bienal
de Veneza de 2013, depois de se afirmar internacionalmente na exposição que
fez no Palácio de Versalhes, por convite feito em 2012, pelo presidente
da instituição, Jean-Jacques Aillagon, dando seguimento ao programa de arte
contemporânea iniciado em 2008. Depois do americano Jeff Koons, dos franceses
Xavier Veilhan e Bernar Venet e do japonês Takashi Murakami, Joana Vasconcelos foi
a primeira mulher e a mais jovem artista contemporânea a ter exposto em
Versalhes, exposição que teve o maior número de visitantes dos últimos
cinquenta anos.
A representação na Trienal de
Echigo Tsumari, no Japão, em 2006; a exposição Contaminação, em
2008, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Brasil; ou a participação
na importante exposição colectiva “Un Certain État du Monde? A Selection of
Works From François Pinault Foundation Collection”, realizada no Garage
Centre for Contemporary Culture, em Moscovo, em 2009, deram sequência a uma
singular carreira internacional.
“Sem Rede”, a grande e antológica
apresentada em 2010, no Museu Colecção Berardo, constituiu um enorme
sucesso junto do público, estabelecendo-se como a exposição, realizada em
Portugal, mais visitada de sempre. Em Junho de 2011, a instalação “Contaminação
de Vacas (Se as vacas voassem, Chovia leite)” abriu a importante exposição
colectiva “The World Belongs to Yolo”, que o Palazzo Grassi
inaugurou em Junho de 2009. Inaugurou nova exposição em Portugal (Março a Agosto
de 2013) no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
Em 2013, representou Portugal no
pavilhão português da Bienal de Veneza. A exposição individual
intitulada “Trafaria Praia” aconteceu num barco ancorado e funcionou
como uma galeria de arte flutuante.
Em 2018, apresentou a exposição
retrospectiva “I’m Your Mirror” no Guggenheim de Bilbao, em
Espanha, tendo sido a única artista portuguesa a realizar o feito. Na ocasião,
foram expostos 30 trabalhos cobrindo cerca de 25 anos da sua carreira em artes.
Em 2020, Joana Vasconcelos foi
convidada a apresentar sua primeira exposição individual nos Estados Unidos,
para a inauguração do MassArt Art Museum, em Boston. A exposição
intitulada “Joana Vasconcelos: Valkyrie Mumbet” honra a memória de
Elizabeth Freeman, a mulher escravizada que abriu o primeiro processo por
liberdade baseada nas leis de igualdade na época. A exposição dá continuidade
ao seu trabalho em celebrar a vida de mulheres importantes da história
internacional.
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