Filha de João António de Almeida
de Abreu, que faleceu de cancro do pulmão e de COVID-19 em 23 de Novembro
de 2020, e de sua mulher, Maria Cândida Enes Gonçalves.
Maria João Abreu era casada com o
músico João Soares desde Setembro de 2012. Entre 1985 e 2008, foi casada com o
actor José Raposo, com quem teve dois filhos, Miguel Raposo e Ricardo Raposo.
No dia 30 de Abril de 2021, foi
hospitalizada de urgência no Hospital Garcia de Orta, em Almada, na
sequência da ruptura de um aneurisma cerebral, tendo
desmaiado durante as gravações da novela “A Serra”, depois de
apresentar falhas no raciocínio e mal-estar. Veio a falecer em 13 de Maio, aos
57 anos de idade.
As cerimónias fúnebres
realizaram-se dois dias depois, na Igreja de São João de Deus, em
Lisboa, sendo cremada no Cemitério do Alto de São João.
Estreou-se como actriz
profissional em 1983, no musical “Annie” de Thomas Meehan, dirigida por
Armando Cortez, no Teatro Maria Matos.
Seguiram-se vários espectáculos
de revista no Parque Mayer, até participar, na Casa da Comédia,
em “O Último dos Marialvas”, de Neil Simon, peça que a reconheceu como actriz
de comédia. Depois de várias revistas no Teatro Maria Matos, passou pelo
Teatro Aberto, colaborando com João Lourenço (“As Presidentes”,
de Werner Schawb) e José Carretas (“Coelho Coelho”, de Celine Serreau).
Participou ainda em “Bolero”, um espectáculo de Manuel Cintra e José Carretas
para o CCB.
Em 1998, funda, com José Raposo,
a produtora Toca dos Raposos, que empresariou sucessos como as revistas “Ó
Troilaré” e “Ó Troilará” ou o musical “Mulheres ao Poder”,
uma adaptação de “Lisíastra”, de Aristófanes. Em 2004, co-protagonizou “A
Rainha do Ferro Velho”, de Garson Kanin, encenado por Filipe La Féria, no Teatro
Politeama.
Em 2012, protagonizou a peça “O
Libertino”, encenada por José Fonseca e Costa, no Teatro da Trindade,
em Lisboa, contracenando com José Raposo, Custódia Gallego e Filomena Cautela.
No programa “Quem É Que Tu
Pensas Que És?”, emitido pela RTP1 em 5 de Fevereiro de 2013, ficou
apurado que, pelo ramo da sua avó paterna, era descendente de D. Pedro I e de
D. Inês de Castro, por via de um filho destes, o infante D. João.
No cinema, participou em filmes
como “A Falha”, de João Mário Grilo (2001), “António, Um Rapaz de
Lisboa”, de Jorge Silva Melo (1999), e “Telefona-me!”, de Frederico
Corado (2000), sendo “Lá Fora”, de Fernando Lopes (2004), “Call Girl”,
de António-Pedro Vasconcelos (2007) e “Florbela”, de Vicente Alves do Ó
(2012), algumas das suas últimas participações.
Sem comentários:
Enviar um comentário