domingo, 22 de maio de 2022

22 DE MAIO - ÁLVARO PERDIGÃO

EFEMÉRIDE - Álvaro Perdigão, artista plástico português, nasceu em Setúbal no dia 22 de Maio de 1910. Morreu em Lisboa, em 10 de Março de 1994.

A obra plástica de Álvaro Perdigão desenvolveu-se ao longo de grande parte do século passado, desde o final dos anos 1920 até ao início da década de 1990.

Em Setúbal, frequenta o Liceu Bocage. Começou a estudar pintura no atelier do pintor Lázaro Lozano em 1917, por volta dos dezassete anos, onde permaneceu até 1929.

Teve um percurso académico que passou pela Escola Superior de Belas Artes e posteriormente pelo Conservatório Nacional, no curso de Cenografia.

Enquanto estudava desempenhou várias funções, nomeadamente, desenhador da Comissão de Fiscalização dos Levantamentos topográficos Urbanos, entre 1939 e 1948. Mas é ao ensino que opta por dedicar a sua actividade profissional.

É nomeado professor do Ensino Técnico da Escola Industrial Marquês de Pombal de Lisboa, em 1948. Entra para o corpo docente da Casa Pia de Lisboa em 1950, a convite da direcção, para exercer o cargo de professor de Pintura, função que desempenhou até 1980. Tem como colegas os escultores Martins Correia, Raul Xavier e Helder Baptista, entre outros. Leccionou ainda nas aulas nocturnas da Sociedade Nacional de Belas Artes, sem remuneração, como era hábito.

Bem cedo iniciou a sua carreira artística. Ainda jovem, com dezanove anos, realiza a sua primeira exposição individual, em 1929, no Clube Naval de Setúbal. A partir daí, permaneceu em contacto com o público continuadamente.

Ao longo da sua carreira, realizou dezenas de exposições individuais, quer em Portugal quer no estrangeiro, e participando em inúmeras colectivas, realizando mais do que uma exposição anual.

Foi vice-presidente da Direcção da SNBA no mandato de 1951/1952, abrangendo o período difícil em que a SNBA foi encerrada por ordem do Governador Civil de Lisboa, em pleno Estado Novo, entre 8 de Abril e 31 de Outubro de 1952. Integrou o Grupo Paralelo em 1974, com António Carmo, João Hogan, Querubim Lapa, Gil Teixeira Lopes e outros.

Foi um cultor de várias técnicas. Deixou uma vasta obra na qual predomina o óleo como técnica preferencial, mas também o desenho, a aguarela, a cerâmica, o vitral, a gravura em diversos materiais e ainda a monotipia. Usou meios cromáticos muito variados: as cores da paleta - cinzentos, sempre muito trabalhados, azuis, verdes, ocre, brique, amarelos, castanhos, vermelhos - são espalhadas em manchas exigentemente estruturadas sobre a tela, de um linho de trama grossa que na aplicação da tinta permitia uma textura em relevo.

Podemos destacar as grandes linhas temáticas, vastas e diversificadas que explorou ao longo da sua obra: figura masculina e feminina, paisagem e natureza morta. Exprime a sua visão da vida do homem comum e das suas tarefas quotidianas.

Faleceu em Lisboa com 83 anos de idade.

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