Filho de um farmacêutico, o seu
verdadeiro nome era Marion Michael Morrison. Ele detestava este nome e ao
entrar para o cinema mudou-o para John Wayne - mais a ver com um rapaz de 1,92
m de altura e campeão de futebol, pela University of Southern California.
Surgiu com destaque no cinema em
1930, em “The Big Trail”, faroeste dirigido por Raoul Walsh.
Durante vários anos protagonizou filmes “B” até se consagrar no papel de Ringo
Kid em “Stagecoach”, clássico de 1939 de John Ford. A carreira de Wayne
foi assim agraciada com esse divisor de águas, que o lançou no estrelato. Esse
filme definiu todas as principais características do cinema faroeste
norte-americano.
A parceria entre Wayne e Ford
continuou; realizaram juntos uma série de grandes sucessos e filmes
inesquecíveis (vinte e dois no total), como “Three
Godfathers” (1948), “The Quiet Man” (1952), “The Searchers”
(1956), “The Wings of Eagles” (1957), “The Horse Soldiers” (1959)
e “The Man Who Shot Liberty Valance” (1962), além da chamada ‘trilogia
sobre a Cavalaria’, composta por “Fort Apache” (1948), “She Wore
a Yellow Ribbon” (1949) e “Rio Grande” (1950).
Outro director renomado com quem
Wayne trabalhou foi Howard Hawks, um dos maiores realizadores do período
clássico hollywoodiano. Juntos, realizaram vários dos maiores sucessos, não
apenas das suas carreiras, mas de todo o género do faroeste, como: “Red
River” (1948), “El Dorado” (1967) e, principalmente, aquele que é um
dos mais irretocáveis exemplares do género, “Rio
Bravo” (1959).
Além de John Ford e Howard Hawks,
outros grandes directores da época dirigiram Wayne. É o caso de Henry Hathaway,
com quem fez, entre outros, o filme que lhe deu o Oscar de Melhor Actor,
“True Grit” (1969); Otto Preminger, que o dirigiu no óptimo drama de
guerra “In Harm’s Way” (1965); Don Siegel, com quem fez o seu último
trabalho, “The Shootist” (1976); Michael Curtiz, sob cujas ordens actuou
três vezes, inclusive em “The Comancheros” (1961), um dos seus grandes
sucessos de bilheteria; e John Huston, com quem fez “The Barbarian and the
Geisha” (1958).
Além dos directores já
mencionados podem citar-se: William A. Wellman, Mark Rydell e John Farrow.
Também trabalhou ao lado de vários astros de sua época: Henry Fonda, Katharine
Hepburn, James Stewart, Maureen O’Hara, Sophia Loren, Elsa Martinelli, Kirk
Douglas, William Holden, Marlene Dietrich, Rock Hudson, Robert Mitchum, Lee
Marvin, Richard Widmark, Dean Martin, Natalie Wood, Jeffrey Hunter e Montgomery
Clift, entre outros, nos seus cinquenta anos de cinema.
Casou-se três vezes. A primeira,
em 1932, com Josephine Saenz, que lhe deu quatro filhos. Em 1946, casou-se pela
segunda vez, com a actriz mexicana Esperanza Baur, de quem se divorciou sete
anos depois, para se casar com Pilar Palette, com quem teve mais dois filhos.
Dirigiu os filmes “The Alamo”
(1960) e “The Green Berets” (1968). Este último causou-lhe grandes
problemas. O guião, pró-Guerra do Vietname, alimentou a fúria dos
opositores a essa intervenção militar norte-americana, que realizaram vários
protestos contra a exibição do filme.
Em 1973, nos Oscars tentou
atacar a activista, modelo e actriz
nativa americana Sacheen Littleafether que, em nome de Marlon Brando, vencedor
do Oscar com “Godfather”, falava
sobre a pouca representatividade de nativos
americanos na indústria de cinema. Foi impossibilitado e levado para fora pelos
seguranças do evento.
John Wayne foi homenageado pela cantora Lady Gaga no seu álbum de estúdio “Joanne”
(2016) na 4ª faixa do disco que tem o nome do “John Wayne”.
Fumador inveterado desde a juventude,
Wayne foi diagnosticado em 1964 com cancro de pulmão, tendo passado por uma
cirurgia para remoção de todo o pulmão esquerdo, além de quatro costelas.
Apesar dos esforços dos seus agentes para evitar que ele tornasse a doença
pública, ele mesmo anunciou o seu estado à imprensa e apelou para que a
população fizesse mais exames preventivos. Cinco anos depois, foi constatado
que ele ficara livre da doença. Apesar da diminuição da capacidade pulmonar,
pouco tempo depois Wayne voltou a mascar tabaco e a fumar.
No final da década de 1970,
Wayne envolveu-se como voluntário nos estudos de uma vacina para a cura da
doença que o assombrara anos antes. Contudo, faleceu
em 1979, aos 72 anos de idade, na decorrência de um cancro de estômago. Está
sepultado no Pacific View Memorial Park, Corona
del Mar, Condado de Orange, Califórnia.
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