quinta-feira, 26 de maio de 2022

26 DE MAIO - JOHN WAYNE

EFEMÉRIDE - John Wayne, actor e realizador norte-americano, nasceu em Winterset no dia 26 de Maio de 1907. Morreu em Los Angeles, em 11 de Junho de 1979.

Filho de um farmacêutico, o seu verdadeiro nome era Marion Michael Morrison. Ele detestava este nome e ao entrar para o cinema mudou-o para John Wayne - mais a ver com um rapaz de 1,92 m de altura e campeão de futebol, pela University of Southern California.

Surgiu com destaque no cinema em 1930, em “The Big Trail”, faroeste dirigido por Raoul Walsh. Durante vários anos protagonizou filmes “B” até se consagrar no papel de Ringo Kid em “Stagecoach”, clássico de 1939 de John Ford. A carreira de Wayne foi assim agraciada com esse divisor de águas, que o lançou no estrelato. Esse filme definiu todas as principais características do cinema faroeste norte-americano.

A parceria entre Wayne e Ford continuou; realizaram juntos uma série de grandes sucessos e filmes inesquecíveis (vinte e dois no total), como “Three Godfathers” (1948), “The Quiet Man” (1952), “The Searchers” (1956), “The Wings of Eagles” (1957), “The Horse Soldiers” (1959) e “The Man Who Shot Liberty Valance” (1962), além da chamada ‘trilogia sobre a Cavalaria’, composta por “Fort Apache” (1948), “She Wore a Yellow Ribbon” (1949) e “Rio Grande” (1950).

Outro director renomado com quem Wayne trabalhou foi Howard Hawks, um dos maiores realizadores do período clássico hollywoodiano. Juntos, realizaram vários dos maiores sucessos, não apenas das suas carreiras, mas de todo o género do faroeste, como: “Red River” (1948), “El Dorado” (1967) e, principalmente, aquele que é um dos mais irretocáveis exemplares do género, “Rio Bravo” (1959).

Além de John Ford e Howard Hawks, outros grandes directores da época dirigiram Wayne. É o caso de Henry Hathaway, com quem fez, entre outros, o filme que lhe deu o Oscar de Melhor Actor, “True Grit” (1969); Otto Preminger, que o dirigiu no óptimo drama de guerra “In Harm’s Way” (1965); Don Siegel, com quem fez o seu último trabalho, “The Shootist” (1976); Michael Curtiz, sob cujas ordens actuou três vezes, inclusive em “The Comancheros” (1961), um dos seus grandes sucessos de bilheteria; e John Huston, com quem fez “The Barbarian and the Geisha” (1958).

Além dos directores já mencionados podem citar-se: William A. Wellman, Mark Rydell e John Farrow. Também trabalhou ao lado de vários astros de sua época: Henry Fonda, Katharine Hepburn, James Stewart, Maureen O’Hara, Sophia Loren, Elsa Martinelli, Kirk Douglas, William Holden, Marlene Dietrich, Rock Hudson, Robert Mitchum, Lee Marvin, Richard Widmark, Dean Martin, Natalie Wood, Jeffrey Hunter e Montgomery Clift, entre outros, nos seus cinquenta anos de cinema.

Casou-se três vezes. A primeira, em 1932, com Josephine Saenz, que lhe deu quatro filhos. Em 1946, casou-se pela segunda vez, com a actriz mexicana Esperanza Baur, de quem se divorciou sete anos depois, para se casar com Pilar Palette, com quem teve mais dois filhos.

Dirigiu os filmes “The Alamo” (1960) e “The Green Berets” (1968). Este último causou-lhe grandes problemas. O guião, pró-Guerra do Vietname, alimentou a fúria dos opositores a essa intervenção militar norte-americana, que realizaram vários protestos contra a exibição do filme.

Em 1973, nos Oscars tentou atacar a activista, modelo e actriz nativa americana Sacheen Littleafether que, em nome de Marlon Brando, vencedor do Oscar com Godfather”, falava sobre a pouca representatividade de nativos americanos na indústria de cinema. Foi impossibilitado e levado para fora pelos seguranças do evento.

John Wayne foi homenageado pela cantora Lady Gaga no seu álbum de estúdio “Joanne” (2016) na 4ª faixa do disco que tem o nome do “John Wayne”.

Fumador inveterado desde a juventude, Wayne foi diagnosticado em 1964 com cancro de pulmão, tendo passado por uma cirurgia para remoção de todo o pulmão esquerdo, além de quatro costelas. Apesar dos esforços dos seus agentes para evitar que ele tornasse a doença pública, ele mesmo anunciou o seu estado à imprensa e apelou para que a população fizesse mais exames preventivos. Cinco anos depois, foi constatado que ele ficara livre da doença. Apesar da diminuição da capacidade pulmonar, pouco tempo depois Wayne voltou a mascar tabaco e a fumar.

No final da década de 1970, Wayne envolveu-se como voluntário nos estudos de uma vacina para a cura da doença que o assombrara anos antes. Contudo, faleceu em 1979, aos 72 anos de idade, na decorrência de um cancro de estômago. Está sepultado no Pacific View Memorial Park, Corona del Mar, Condado de Orange, Califórnia.

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