EFEMÉRIDE – Maria Ondina Braga, escritora portuguesa, nasceu em Braga no dia 13 de Janeiro de 1932. Morreu na mesma cidade, em 14 de Março de 2003.
Nos anos 1950, abandonou a cidade natal, depois de completar o curso de liceu, para ir trabalhar e estudar Línguas em Cambridge e em Paris.
Entre 1959 e 1965, leccionou Português e Inglês em Luanda, Goa (onde assistiu à ocupação do território pelas tropas indianas), Macau e Pequim. Da sua experiência no Oriente, recolheu matéria para os livros “China Fica ao Lado”, traduzido em chinês, “Angústia em Pequim” e “Nocturno em Macau”.
Foi tradutora de Graham Greene, John Le Carré, Bertrand Russel, Herbert Marcuse, Tzvetan Todorov e Anaïs Nin, entre outros.
Viveu em Lisboa durante muitos anos, tendo colaborado em jornais e revistas como o “Diário Popular”, “A Capital” e “Colóquio/Letras”. Recolheu-se nos últimos anos de vida em Braga, onde a Câmara Municipal a homenageou em 1990 e lhe atribuiu a Medalha de Ouro da cidade em 1994.
Maria Ondina Braga desenvolveu uma escrita feita de textos de carácter intimista, marcada por temas como a solidão, a melancolia e a consciência da morte. «Estou muito virada para a morte. Sou melancólica. Talvez seja essa melancolia que traz a presença da morte. Não tenho apego à vida, nunca tive», costumava dizer. Viveu solitariamente: «Sozinha com a escrita. A escrita é a única coisa que tenho na vida. Digamos que é uma fatalidade».
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