EFEMÉRIDE
– Guilherme de Pádua Thomaz, ex-actor brasileiro, conhecido por ter
assassinado Daniella Perez, actriz com quem trabalhava na telenovela “De
Corpo e Alma”, nasceu em
Belo Horizonte no dia 2 de Novembro de 1969.
Guilherme
saiu de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, com o intuito de tentar a
carreira artística. Participou, em 1990, na telenovela “Mico Preto” da Rede
Globo e, em 1992, actuou na novela “De Corpo e Alma” no mesmo canal.
Em
28 de Dezembro de 1992, envolveu-se no assassinato da actriz Daniella Perez,
juntamente com a sua esposa Paula Nogueira Thomaz, então com 19 anos e grávida.
Juntos, emboscaram Daniella, mataram-na e abandonaram o corpo num matagal da
Barra da Tijuca. O crime teria sido motivado por vingança, por ele ter deixado
de aparecer em dois capítulos da telenovela… Ou teria sido um crime passional
rodeado de vários equívocos?
O
corpo de Daniella foi encontrado em Jacarepaguá, três dias antes do réveillon
de 1992, com 16 perfurações no pescoço, tórax e pulmões, consumadas com golpes
de tesoura.
Em
1995, na cadeia, Pádua escreveu o livro “A História que o Brasil desconhece”,
pretendendo lançá-lo durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, mas
uma liminar conseguida por Glória Perez, mãe da actriz, suspendeu o lançamento.
Meses antes do julgamento, Pádua lançou o livro, mas Glória Perez conseguiu
impedir judicialmente a circulação da obra, tendo sido oficiado à Secretaria
de Segurança Pública de Minas Gerais que fosse feita a apreensão de todos
os exemplares. A decisão judicial baseava-se no facto do livro denegria a
imagem e a honra de Daniella Perez.
Em
1997, Guilherme e Paula foram condenados a 19 anos e 6 meses de cadeia, por
homicídio duplamente qualificado, «com motivo torpe». Ele é mencionado num
capítulo do livro da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, “Mentes Perigosas – o
psicopata mora ao lado”.
Pádua
foi libertado, depois de cumprir um terço da pena. Rompeu com Paula Thomaz e
passou a trabalhar na Igreja Batista da Lagoinha, bairro de classe média
baixa de Belo Horizonte. Ocupava-se da informatização do templo. Em 2006,
casou-se com a produtora de moda Paula Maia, frequentadora da mesma igreja e catorze
anos mais nova.
Em Abril
de 2010, Pádua foi entrevistado no “Programa do Ratinho”. Entretanto,
através do twitter, Glória Perez fizera saber que Guilherme de Pádua já não
era réu, portanto não estava mais protegido pelo direito de mentir que a lei
brasileira concede aos réus. Qualquer declaração mentirosa resultaria num processo.
Pádua recusou-se então a responder a perguntas sobre o caso, dizendo que não
queria ser processado. Em 2012, Guilherme tornou-se gerente da empresa Itaipu
Vidros.
Numa
entrevista concedida à “Folha de São Paulo”, mais recentemente, afirmou:
«Sinto-me ainda preso. Fui super-exposto pela imprensa. A verdade é que fiz disparates
mas sou inofensivo e, por isso, as pessoas não têm medo de me agredir na rua.
Já chegaram a cuspir-me na cara, num shopping. Se eu fosse um bandido de
verdade, acham que me fariam aquilo?».
Sem comentários:
Enviar um comentário