quinta-feira, 21 de novembro de 2013

21 DE NOVEMBRO - JOÃO GONÇALVES ZARCO



EFEMÉRIDEJoão Gonçalves Zarco, navegador e explorador português, morreu no Funchal em 21 de Novembro de 1467. Nascera em 1390.
Pouco se conhece de concreto sobre os antecedentes de Zarco, sendo provável que tenha estado na conquista de Ceuta em 1415 e que os bons serviços então prestados tenham sido decisivos na sua escolha, pelo Infante D. Henrique, para liderar o projecto de colonização da Madeira, até então despovoada, coberta de florestas e apenas usada esporadicamente para abastecimento de água e descanso das tripulações de navios que por ali eventualmente passavam.
Sendo criado do Infante D. Fernando, Zarco terá participado na tomada de Ceuta em Agosto de 1415. Teria sido, depois, armado Cavaleiro da Casa do Infante D. Henrique e nomeado comandante de uma embarcação, cuja missão era patrulhar a costa sul de Portugal, zona onde eram frequentes actos de pirataria. Assim, cedo se tornou mestre na arte de marear, reconhecendo – em 1418 – a ilha de Porto Santo (juntamente com Tristão Vaz Teixeira) e, no ano seguinte, a ilha da Madeira. Presume-se que tenha sido arrastado para a ilha de Porto Santo quando se preparava para explorar a costa da África e atingir a Guiné, numa viagem a mando do Infante. Voltado a Portugal, persuadiu D. Henrique das vantagens em povoar e aproveitar os recursos daquelas ilhas e ali regressou.
Do Porto Santo, Zarco passou à ilha da Madeira, a cujo povoamento deu início em 1425. Na qualidade de homem da casa do Infante, participou no cerco de Tânger em 1437. Depois, de volta à Madeira, aproveitando as ricas matas, fez construir navios com os quais auxiliou o Infante nas suas expedições de «descobrimentos para além do Cabo Bojador».
Em Julho de 1460, por Carta de Concessão de D. Afonso V, passou a ostentar também o sobrenome de Câmara de Lobos, derivado da designação atribuída pelo navegador a um local da ilha da Madeira, junto do Funchal, onde desembarcou e se abrigou, descobrindo grande quantidade daqueles animais.
Era casado com Constança Rodrigues, de quem teve sete filhos. Os seus descendentes mantiveram o apelido “Câmara”, mas aboliram “de Lobos”. Faleceu no Funchal, em ano não confirmado (1467 ou 1471?), sendo sepultado na Capela de Nossa Senhora da Conceição, que ele próprio mandara construir em 1430.

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