EFEMÉRIDE
– Carlo Osvaldo Goldoni, dramaturgo italiano, nasceu em Veneza no dia
25 de Fevereiro de 1707. Morreu em Paris, em 6 de Fevereiro de 1793. É
considerado um dos maiores autores europeus de teatro e um dos escritores
italianos mais conhecidos fora de Itália. Provavelmente, as suas obras,
juntamente com as de Pirandello,
constituem o principal veículo de difusão da arte dramatúrgica italiana através
do mundo.
Nasceu
numa família burguesa, que acabou por passar dificuldades financeiras devido
aos gastos de seu avô paterno. O pai, dedicou-se à medicina, estabelecendo-se
em Perugia, onde Carlo Goldoni iniciou os seus estudos e leu a primeira ópera
cómica, sentindo-se desde logo atraído pelo teatro (mesmo de marionetas).
Mudou-se
para Rimini, para estudar Filosofia, mas acabou por abandonar o estudo,
para seguir até Chioggia com uma companhia de comediantes ambulantes. Voltou a
Veneza, de onde os pais – em 1723 – o mandaram para Pavia, a fim de ingressar
no austero Colégio Ghislieri, para fazer o curso de Jurisprudência.
Descobriu
por essa época as comédias gregas e latinas e começou a escrever. Teve porém de
deixar a cidade, depois da encenação de um seu poema satírico que falava das
raparigas daquele lugar. A obra suscitou a ira de algumas famílias de Pavia e
Goldoni foi expulso do colégio, deixando a cidade em 1725.
Prosseguiu
os estudos em Udina e Modena, encetando seguidamente a carreira de advogado em Chioggia
e Feltre, antes de voltar à sua cidade natal, onde continuou a exercer a
profissão.
Abandonou
depois – parcialmente – a advocacia, para se poder dedicar mais ao teatro, nas
suas variadas facetas.
Após
o falecimento do pai e para escapar a um casamento que não desejava, partiu
para Milão e depois para Verona, onde o director do Teatro Giuseppe Imer
o encorajou a escrever, utilizando a sua veia cómica. Apresentou-lhe Nicoletta
Conio, com quem se viria a casar antes de voltar a Veneza em 1743. A partir daí, a sua
vida passou a ser dedicada exclusivamente a actividades teatrais.
Escreveu
várias tragédias, mas rapidamente compreendeu que o seu futuro estava
efectivamente nas comédias. Produziu a sua primeira grande obra em 1738 (“L'uomo
di mondo”).
Nunca
mais parou de escrever, percorrendo a Itália. Fixou-se de novo em Veneza, onde
colaborou em duas óperas com Antonio Vivaldi. Foi nomeado director do Teatro
Sant'Angelo e fundou a comédia italiana moderna.
Exilou-se
em França em 1762, devido a diferenças estéticas com os seus confrades
italianos mais tradicionais, o que o levava a intermináveis querelas. Adoptado
pela corte, ensinou italiano às princesas e foi nomeado director do Teatro
Italiano de Paris. Passou a escrever a maioria das suas peças em língua
francesa.
Quando
das festividades do casamento de Luís XVI e de Maria Antonieta, decidiu
escrever “Le Bourru bienfaisant”, peça representada em 1771 na Comédie
Française. O rei concedeu-lhe uma pensão.
De 1784 a 1787, redigiu as suas
“Memórias”. No total, escreveu mais de 200 peças de diversos géneros:
tragédias, dramas, intermezzos, comédias e libretos de ópera. Foram
porém as comédias, escritas depois de 1744, que lhe asseguraram a
celebridade.
Um
teatro de Veneza tem o seu nome, o mesmo acontecendo com uma praça em Paris,
perto da casa onde faleceu.
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